Israel e Hamas vivem primeiras horas de trégua antes de libertar reféns

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

4c586141f47ab96bd128d793d90230707908f0d8

A primeira trégua entre Israel e o Hamas entrou em vigor às 7h (2h no horário de Brasília) desta sexta-feira, 24, depois de mais de um mês e meio de guerra, no âmbito de um acordo que prevê a libertação de 50 reféns em troca da entrega de 150 prisioneiros palestinos. O cessar-fogo, que durará quatro dias e poderá ser estendido para dez se o Hamas entregar mais pessoas sequestradas, servirá também para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave. Depois de uma noite durante a qual Israel continuou seus incessantes ataques contra a Faixa de Gaza e o Hamas lançou mísseis contra dois dos kibutzim evacuados, perto de Gaza, finalmente passou a valer o período em que as partes concordaram em parar temporariamente as hostilidades. Os primeiros 13 reféns israelenses dos 240 detidos pelo grupo islâmico palestiniano, todos eles mulheres e crianças, deverão ser libertados às 16h (11h no horário de Brasília), segundo anunciou o governo do Catar, um dos mediadores da trégua.

“O critério para priorizar os reféns foi puramente humanitário e nos concentramos em colocar mulheres e crianças fora de perigo o mais rápido possível”, destacou Majed al Ansari, porta-voz do Catar, que disse confiar no cumprimento da trégua depois de elogiar “o positivismo e o compromisso” em ambos os lados. Por sua vez, as Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, celebraram esta “trégua humanitária” que permitirá a “troca de prisioneiros”. “Por cada prisioneiro sionista, serão libertados três prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e crianças”, destacaram. Além dos reféns que o Hamas vai libertar, também haverá a soltura de 39 presos palestinos. A Sociedade de Presos Palestinos anunciou nesta sexta a lista com os nomes das pessoas, entre elas estão 24 mulheres e 15 adolescentes condenados por terrorismo foram transferidos das prisões de Dambon e Megiddo para a prisão de Ofer, em preparação para sua libertação assim que os reféns detidos pelo grupo islâmico palestino forem entregues ao Exército israelense com a mediação da Cruz Vermelha.

Embora sejam condenados por terrorismo, nenhum deles tem crimes de sangue na sua ficha. A Sociedade de Presos Palestinos, que se limita a publicar os nomes dos prisioneiros, informou que desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, 3.145 palestinos foram detidos na Cisjordânia ocupada, um número que Israel reduz para cerca de 1.800 pessoas. O Hamas confirmou também que o acordo contempla a entrada diária de 200 caminhões com ajuda humanitária, alimentos e medicamentos para distribuir por toda a Faixa de Gaza, incluindo o norte, bem como a distribuição diária de quatro caminhões com combustível, vital para o fornecimento de eletricidade ao enclave. O cessar-fogo representa um respiro para o enclave, atolado na pior catástrofe humanitária da sua história, quando já há mais de 14.500 mortos – mais de 70% deles crianças e mulheres – e mais de 6.800 desaparecidos sob os escombros ou entre os corpos caídos nas ruas e estradas, razão pela qual o número de vítimas mortais poderá ser superior, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

*Com informações da EFE

 

 

 

 

 

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Morre Cary-Hiroyuki Tagawa, veterano de Mortal Kombat, aos 75 anos

Cary-Hiroyuki Tagawa, ator americano de origem japonesa conhecido por interpretar Shang Tsung na franquia Mortal Kombat, faleceu nesta quinta-feira, aos 75 anos. A...

Ranking aponta as melhores universidades da América Latina

A Universidade de São Paulo (USP) continua no topo da América Latina, segundo o Latin America University Ranking divulgado pela Times Higher Education....

Putin classifica conversas com EUA sobre Ucrânia como ‘úteis’, mas ressalta ‘trabalho difícil’

Putin afirmou que as conversas de cinco horas com enviados dos Estados Unidos sobre o fim da guerra na Ucrânia foram necessárias e...