
Israel e Hamas prorrogaram por ais dois dias a trégua em Gaza, informou o Catar. O novo acordo prevê a libertação diária de 10 reféns na Faixa de Gaza, mulheres e crianças, em troca de 30 prisioneiros palestinos em prisões israelenses, informou o diretor do Serviço Estatal de Informação, Diaa Rashwan, que atua como porta-voz do governo do Egito. “Os esforços egípcio-cataris para prolongar a trégua humanitária na Faixa de Gaza estão, até agora, perto de alcançar uma prorrogação por mais dois dias”, disse o responsável egípcio em um comunicado. Segundo eles, as conversas estão em estágio avançado. Caso aprovado, o acordo permitira a libertação de um total de 20 israelenses e 60 palestinos seriam libertados durante a extensão do cessar-fogo. O porta-voz destacou ainda que, além da troca de reféns por prisioneiros, durante os dois dias de trégua prolongada o cessar-fogo será mantido “em toda a Faixa de Gaza”, onde também não será permitido o voo de caças ou drones israelenses. Da mesma forma, a entrada de ajuda humanitária, médica e de combustível também continuará em todo o enclave palestino, segundo a nota, que não forneceu detalhes sobre as quantidades estabelecidas.
Nesta segunda, Israel propôs “uma opção” ao movimento islamista palestino Hamas para prolongar a trégua que entrou em vigor no dia 24 de novembro. “Queremos receber outros 50 reféns após esta noite, como parte de nosso objetivo de trazer todos os reféns de volta para casa”, declarou Eylon Levy à imprensa, ao informar sobre a iniciativa israelense. Liberar outros 50 reféns implicaria uma prorrogação de cinco dias. Uma fonte próxima ao Hamas indicou no domingo que o movimento islamista palestino está disposto a estender “de dois a quatro dias” a trégua vigente. “A resistência acredita que é possível garantir a libertação de entre 20 e 40 israelenses” neste tempo, assegurou a fonte. Tanto Catar como Egito atuam como mediadores nas negociações. Uma fonte de segurança egípcia afirmou nesta segunda-feira que ambas as partes estavam em desacordo sobre a maneira de prorrogar o cessar-fogo.
Enquanto Israel defende uma prorrogação, dia por dia, o Hamas busca uma extensão de quatro dias. O porta-voz do governo israelense afirmou que a campanha para “aniquilar o Hamas” seria retomada imediatamente após a trégua e libertação dos reféns. “Foi, sem dúvida, a pressão militar israelense que levou o Hamas a aceitar a libertação desses reféns”, disse Levy. Israelenses e integrantes do grupo palestinos chegaram ao quarto dia de trégua nesta segunda-feira, 27, em meio a incertezas sobre a prorrogação do cessar-fogo por mais dias, uma possibilidade incluída no acordo firmado na semana passada por ambas as partes. O acordo entre as parte, que prevê a libertação de 50 reféns em troca de 150 presos palestinos, começou a valer no dia 24 de novembro e, até o momento, foram libertos 39 reféns em troca de 117 presos palestinos. Outros 19 reféns, a maioria tailandeses que trabalhavam em Israel, foram liberados em negociações paralelas.
Ainda nesta segunda, apesar do atraso, haverá a libertação de mais 11 reféns, informou Rashwan. “Hoje é esperada a troca de 11 reféns israelenses na Faixa de Gaza e estão em andamento negociações para libertar 33 palestinos do lado israelense”, disse Rashwan em um comunicado no qual não ofereceu mais detalhes sobre o status deste processo. Até o momento, a troca de reféns por prisioneiros palestinos ocorreu dentro do prazo, com exceção de um tenso atraso no sábado, depois que o Hamas reclamou sobre um suposto descumprimento do acordo por parte de Israel.
*Com agências internacionais

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