Mães denunciam caso de LGBTfobia em escola de Feira de Santana

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Uma escola particular foi acusada de LGBTfobia ao tentar limitar a participação de um casal de mães na comemoração de Dia das Mães da instituição. Larissa e Mariana são mães de uma garotinha de 4 anos diagnosticada com autismo. O caso ocorreu na Escola Asas, em Feira de Santana. 

 

Por meio das redes sociais, as mães, através da influencer Lorena Coutinho, alegaram que durante os preparativos para a comemoração escolar, receberam uma mensagem da escola informando que apenas um responsável pela criança podeira comparecer à festa sob argumento de que se trata “de um ambiente de educação, no qual a construção e cumprimento de regras inclui ética e respeito ao direito do outro”, escreveu a representante da escola. 

 

 

A escola teria ressaltado ainda que todas as outras famílias teriam cumprido o protocolo para evitar aglomerações e que “o direito de uns é o direito de todos”. As mães, por sua vez, responderam que sendo ambas mães, elas não escolheriam apenas uma para ser a representante e que “qualquer constrangimento, como este, será uma denúncia na Justiça e canais de comunicação”. 

 

A escola retornou a alegação de Larissa e Mariana, liberando a presença de ambas, no entanto, na resposta, as mães foram acusadas de constranger e ameaçar a instituição e, consequentemente, as demais mães a serem homenageadas. Ainda por meio das redes sociais, o casal detalhou que a relação da escola com ambas sempre foi remota. 

 

 

“Eu gostaria de compartilhar que a direção já há um tempo não fala conosco! Os olhares são de muita raiva, todos os dias nos sentimos expulsas, é muito triste! No dia das mães sofremos muito, não foi fácil irmos à escola e a recepção dada foi feita pelas diretoras, nos ignorando e olhando para nós como se fôssemos monstros. Hoje a nossa relação se estabelece com algumas professoras, serviços gerais, portaria, mães e algumas monitoras! Marina ama a turminha dela, formou o vínculo e por isso a dificuldade para tirarmos. Mas, imaginem se tirássemos sempre que esses preconceitos se apresentassem?! A nossa luta já tem alguns anos com a escola, eles rejeitam disponibilizar a mediação exclusiva solicitada em laudo médico, sendo que é direito da criança com autismo, garantida por lei. Hoje nos sentimos intrusas, no entanto, tentamos resistir pelo amor e responsabilidade com a nossa filha. Não irão nos silenciar, a luta segue!”, escreveram na publicação. 

 

O Bahia Notícias entrou em contato com a Escola Asas, que até o momento da publicação da matéria, não retornou às tentativas de comunicação.

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