Welson Figueiredo Macedo, funcionário terceirizado da Embasa que foi morto por policiais militares com um tiro nas costas enquanto voltava do trabalho de moto na terça-feira (9), foi enterrado na manhã desta quinta-feira (11) no cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
A empresa em que Welson trabalhava liberou os trabalhadores para o velório, e os companheiros de trabalho fizeram uma carreata pedindo celeridade nas investigações. Além do protesto, os colegas escreveram “luto” em um portão da empresa e aplaudiram o amigo.
“Esse aqui é um protesto para que fique bem claro que foi ceifada a vida de um trabalhador, pai de família, um homem inocente que saiu do trabalho e estava indo para casa encontrar a família e, infelizmente, foi assassinado”, afirmou Jaudson Santos, colega da vítima.
Segundo um familiar de Welson, há lacunas na versão contada pela Polícia Militar (PM). Ele conta que, ao procurar a vítima no hospital, questionou os agentes sobre a suposta arma de fogo que estaria com Weslon. “Eles responderam que não tinha, que ele era um ‘homem em fuga’. A arma foi aparecer ontem. Quero saber de onde ela surgiu”, afirmou.
Ele também disse que o corpo da vítima não tinha nenhum outro machucado além da perfuração da bala, o que, segundo ele, contesta a versão da polícia, já que, se Welson estivesse em uma perseguição policial, teria caído da moto e se machucado.
ENTENDA O CASO
Welson Figueiredo de Macedo, de 28 anos, voltava do trabalho de moto e passou no bairro de Castelo Branco para deixar um amigo. Depois, seguiu para o bairro de Fazenda Grande 2, onde morava. No percurso, encontrou policiais que o teriam confundido com um suspeito.
Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que agentes faziam rondas quando viram três suspeitos, de moto, assaltando um casal. Com a aproximação dos PMs, eles teriam atirado contra os agentes e fugido. Pouco depois, os policiais receberam informações de que os suspeitos estavam no fim de linha do bairro. Houve troca de tiros e Welson foi encontrado ferido.
Após ser baleado, o homem foi levado ao Hospital Eládio Lasserre, onde morreu durante uma cirurgia. De acordo com a Polícia Civil, uma arma foi encontrada com a vítima. Essa informação é contestada pela família de Welson, que afirma que o homem nunca se envolveu com a criminalidade.
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