Haddad quer pobre no Orçamento e projeta Brasil fora do Mapa da Fome

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Haddad busca inclusão dos menos favorecidos no Orçamento e visa a erradicação da fome no Brasil

O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou em uma entrevista recente à Globonews a importância de manter o crescimento econômico do Brasil alinhado com medidas de justiça social. Ele destacou a necessidade de combater a desnutrição, afirmando que o país tem condições financeiras de sair do Mapa da Fome durante o governo Lula.

O conceito de manter o “pobre no orçamento” tem sido uma pauta constante tanto de Haddad quanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa abordagem visa justificar os gastos públicos em um momento em que há pressão para redução das despesas e cumprimento das metas fiscais estabelecidas. O objetivo é alcançar um equilíbrio fiscal, mesmo com uma margem de tolerância.

Em declarações anteriores, Haddad já havia mencionado a inclusão dos menos favorecidos. Ele argumentou que investir recursos no orçamento destinado aos pobres é extremamente benéfico do ponto de vista econômico e social. O ministro reafirmou que os programas sociais são fundamentais e que não haverá cortes nos auxílios governamentais para aqueles que deles dependem.

Em relação à questão da fome no Brasil, Haddad enfatizou que houve avanços significativos e que o país está perto de alcançar esse objetivo. Ele ressaltou que mesmo com desafios, a erradicação da fome é uma meta viável durante o mandato do presidente Lula.

Haddad tem levantado a bandeira da segurança alimentar no âmbito do G20, organização que está sob a presidência do Brasil neste ano. Ele propôs a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que tem recebido apoio favorável. No entanto, o ministro reconhece que resolver a questão da falta de alimentos globalmente é mais complexo e requer novas formas de financiamento, incluindo a tributação de indivíduos considerados “super-ricos”.

Compromisso com o controle de gastos

A pressão pela observância ao equilíbrio fiscal também é sentida no âmbito do Copom. Na última reunião, o tema foi abordado, destacando a necessidade de medidas que garantam a estabilidade econômica do país a longo prazo.

O comitê lembrou que a situação econômica brasileira está sendo impactada pelo cenário internacional e destacou a importância de o governo federal manter o equilíbrio entre arrecadação e despesas.

Por outro lado, Haddad mencionou que o resultado fiscal deve ser compartilhado com os poderes Legislativo e Judiciário, aos quais ele fez elogios. O ministro argumentou que, se o Congresso tivesse revogado a desoneração da folha de pagamento e finalizado o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), as contas públicas já estariam equilibradas, evitando a necessidade de cortes de gastos.

Ele destacou que os custos desses dois programas ultrapassam os R$ 40 bilhões. Haddad também enfatizou a importância de o Banco Central compreender que o controle fiscal está sendo monitorado diariamente, enviando uma mensagem clara ao Copom, que se reunirá em breve para decidir sobre a possível mudança na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5%.

Além disso, ao mencionar o controle dos gastos públicos, Haddad ressaltou que herdou um problema fiscal do governo anterior, estimado em R$ 210 bilhões. Ele fez referência ao déficit do Bolsa Família, ao não pagamento de precatórios e à compensação financeira aos governadores pela redução do ICMS sobre os combustíveis.

Durante a entrevista, o ministro reiterou que o governo tem concedido aumentos salariais acima da inflação, controlado a inflação e gerado empregos. Em relação à decisão do Senado de retirar a urgência na tramitação da regulamentação da Reforma Tributária, Haddad destacou a importância de não prolongar as discussões naquela casa legislativa.

No que diz respeito às negociações sobre a renegociação das dívidas dos Estados, Haddad manifestou seu interesse nessa pauta e opinou que o indexador da dívida precisa ser revisto com cautela. Ele ressaltou a necessidade de realizar essa revisão com cuidado para não gerar novos problemas no âmbito federal, ponderando que é preciso repactuar o indexador levando em consideração que não se pode comprometer o resultado primário da União.

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