Curso prepara sommeliers de cachaças baianas para o mercado do turismo

Publicado:

Cachaça, aguardente, pinga ou branquinha. Estes são alguns dos termos utilizados para descrever a bebida tipicamente brasileira, produzida a partir do caldo da cana-de-açúcar, que passa por processos de fermentação, destilação, envelhecimento e, por fim, é comercializada. Na Bahia, a cachaça tem se destacado como um produto turístico, especialmente após a premiação de diversas marcas e o estabelecimento da Rota dos Engenhos pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA).

Para elevar a qualidade deste segmento, foi realizado recentemente, no restaurante Bistrô do Cuco, localizado no Centro Histórico de Salvador, o 1º Curso de Sommelier de Cachaças da Bahia, apoiado pela Setur-BA. Os 15 participantes foram certificados após 20 horas de aulas ministradas pelo renomado master blender Nelson Duarte, um dos principais especialistas em aguardentes do país. O conteúdo do curso proporcionou uma imersão no universo da cachaça, abordando aspectos como história, legislação, processos de produção, análise sensorial e harmonização com alimentos.

Yves Fernandes, bartender de 36 anos, concluiu o curso com entusiasmo, afirmando: “Aprimorei meus conhecimentos em coquetelaria. A cachaça é um produto de extrema importância, que nos pertence e merece ser valorizado globalmente. Devemos incentivar os turistas estrangeiros a apreciar não só a caipirinha, mas também a original cachaça baiana.”

Já para Rafaela Mayoral, estudante de veterinária de 25 anos, essa formação representa uma nova oportunidade no âmbito comercial. Ela compartilha sua empolgação dizendo: “Minha família começou a produzir cachaça há três anos, foi assim que entrei nesse universo. Pretendo aplicar todo o conhecimento adquirido para aprimorar nosso produto. Parabéns à Setur-BA pela iniciativa.”

O sommelier Raimundo Freire, idealizador do curso, ressalta que “com os conhecimentos adquiridos e o certificado obtido, os participantes estarão aptos a desempenhar funções como consultoria, elaboração de cardápios para bares e restaurantes, identificação de aromas e sabores, dentre outras atividades ligadas ao setor”.

A formação de sommeliers de cachaças na Bahia não apenas fortalece a identidade cultural e turística da região, mas também promove a valorização de um produto tão tradicional e representativo do Brasil. Este passo contribui significativamente para a promoção e difusão da cachaça baiana no mercado nacional e internacional, despertando o interesse de consumidores e turistas para a riqueza e diversidade dessa bebida singular.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Símbolo da MPB e Tropicália, Tom Zé pode ser homenageado com maior honraria da AL-BA

A deputada estadual Fátima Nunes, do PT, propôs que Tom Zé, cantor e compositor baiano, receba a Comenda 2 de Julho, a mais...

Brasil ultrapassa 50 mil vagas anuais em Medicina após abertura de 77 novos cursos, alertam pesquisadores

O Brasil ultrapassou a marca de 50 mil vagas anuais em cursos de Medicina, conforme revelou um levantamento da Faculdade de Medicina da...

Polícia prende ex-companheiro suspeito de matar mulher em Gandu

Na noite desta segunda-feira (6), a Polícia Civil prendeu um homem de 44 anos na localidade de Portelinha, em Gandu, sul da Bahia....