Nunes nega que seu vice tenha pedido sigilo de 100 anos sobre processos disciplinares na PM

Publicado:

O prefeito afirmou que buscou esclarecimentos com o Coronel Mello, sendo informado de que a ação partiu de um procedimento interno da Polícia Militar e não de uma solicitação direta do vice. Nunes ressaltou que caso tenha sido uma decisão da própria PM ou da Secretaria de Segurança Pública, é algo a ser respeitado.

A declaração foi feita aos jornalistas após a abertura da Feira Internacional da Panificação, Confeitaria e Varejo Independente de Alimentos (Fipan) na manhã de terça-feira, dia 23.

O prefeito relatou que o vice assegurou que não há problemas em relação à divulgação dos processos, visto que, segundo o coronel, não há nada desabonador contra ele, exceto por uma advertência datada de 1900, durante o período em que comandava um batalhão.

O Estadão solicitou, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), informações sobre processos internos abertos contra o coronel durante sua atuação na corporação, incluindo seu período como comandante da Rota, a tropa de elite da PM-SP.

Em resposta, a PM esclareceu que todas as ocorrências envolvendo Mello Araújo foram devidamente investigadas, resultando no arquivamento dos inquéritos, sem desdobramentos em processos judiciais.

Conforme orientação da Controladoria-Geral da União (CGU), os procedimentos disciplinares são restritos até que sejam julgados, passando a ser acessíveis ao público posteriormente. No caso de Mello Araújo, os processos em questão foram arquivados pela própria PM.

Apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Mello Araújo foi oficializado como vice na chapa de Nunes, indicado pelo governador Tarcísio de Freitas, responsável pela segurança pública em São Paulo. A confirmação da indicação ainda depende da aprovação do MDB, partido do prefeito, em um evento programado para o dia 3, sendo o PL o primeiro partido a formalizar apoio ao atual chefe do Executivo.

Além de destacar a atuação de seu vice na Ceagesp, Nunes aproveitou a oportunidade para alfinetar seu adversário na corrida eleitoral, o deputado federal Guilherme Boulos do PSOL-SP.

Questionado sobre as críticas de Lula a Mello durante a convenção do PSOL, onde o ex-presidente o acusou de “ditador” na Ceagesp, Nunes lamentou a declaração e defendeu seu colega de chapa, ressaltando seu combate à prática de “rachadinha” no órgão.

O prefeito criticou candidatos que fecham os olhos para a “rachadinha”, afirmando que Mello é contra essa prática e a eliminou na Ceagesp. Essa menção foi em relação ao deputado federal Boulos, relator da representação do PL contra André Janones, que solicitou o arquivamento do caso de investigação de “rachadinha” pelo parlamentar em junho.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Renato Gaúcho dispara contra empresários: “Fluminense tem comando”

Após a derrota do Fluminense para o Cruzeiro, por 2 a 0, Renato Gaúcho não hesitou em se manifestar contra a cobrança de...

“Vamos supor que Trump queira anistia. É muito?”, desabafa Bolsonaro

Na última quinta-feira (17), durante uma conversa com jornalistas, Bolsonaro fez declarações que ecoam uma relação complexa com Donald Trump. Ao sugerir que...

Justiça afasta PMs da Rota envolvidos em morte de policial civil

Em uma decisão implacável, a juíza Isabel Begali Rodrigues, da 3ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo, afastou cautelarmente...