Um membro da Polícia Militar (PM-BA) foi preso durante uma operação realizada nesta quarta-feira (24) em Porto Seguro, na região da Costa do Descobrimento. Identificado como Fabrício Carlos Santiago dos Santos, o capitão é suspeito de comandar um grupo criminoso e de receber valores ilícitos de empresários, comerciantes, indivíduos envolvidos em disputas de terras, e políticos locais de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, e outras cidades da região.
Em troca do dinheiro recebido, o PM é acusado de retardar ou deixar de cumprir com suas obrigações funcionais. Uma das práticas relatadas era informar aos comerciantes locais sobre operações da Polícia Militar, a fim de evitar abordagens e possíveis apreensões e prisões dos infratores.
Outra pessoa detida durante a operação foi um empresário dono de um estabelecimento em Santa Cruz Cabrália, de acordo com o Radar News, parceiro do Bahia Notícias. A ação, denominada “Sordidae Manus”, foi realizada em conjunto pelo Ministério Público estadual (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), da Polícia Militar, pela Corregedoria da PM (Correg), e pela Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger).
Segundo informações do MP-BA, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, incluindo a busca na residência do PM e em sedes de empresas. Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz de Cabrália. A investigação teve início após uma denúncia feita pela própria Polícia Militar.
Fonte: Bahianoticias
Há também investigações sobre o capitão por crimes como prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão (exigir vantagem indevida em decorrência do cargo público), ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato, entre outros. Comerciantes da região também estão sendo investigados por crime de corrupção ativa. O material apreendido será analisado pelo Ministério Público e encaminhado para perícia.

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