Ministério da Saúde confirma mortes por Febre Oropouche na Bahia; é a 1º vez no mundo que óbitos são atribuídos à doença

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O Ministério da Saúde (MS) confirmou os óbitos por Febre Oropouche registrados pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). A ratificação foi feita pelo órgão federal nesta quinta-feira (25). Os óbitos ocorreram em pacientes sem comorbidades e não gestantes.

De acordo com o MS, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de morte pela doença.

A primeira morte, de uma mulher de 24 anos residente em Valença, ocorreu em 27 de março. O segundo, de uma mulher de 21 anos residente em Camamu, foi registrado em 10 de maio.

Segundo a Sesab, as pacientes tiveram um início súbito de febre, dor de cabeça, dor retro-orbital e mialgia, que rapidamente evoluíram para sintomas graves, incluindo dor abdominal intensa, sangramento e hipotensão.

Até 23 de julho de 2024, o LACEN/BA diagnosticou 835 amostras positivas de Febre Oropouche em residentes do Estado da Bahia, distribuídas em 59 municípios de sete macrorregiões de saúde. A maioria dos casos, 58%, está concentrada na macrorregião Sul, seguida pela macrorregião Leste, com 39% dos casos.

O Ministério da Saúde informou que estão em investigação seis casos de transmissão vertical (de mãe para filho) da infecção da Febre do Oropouche. Três casos estão em Pernambuco, um na Bahia e dois no Acre. Dois casos resultaram em óbito fetal, houve um aborto espontâneo e três casos apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia. As análises estão sendo realizadas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se existe relação entre a febre do Oropouche e casos de malformação ou aborto.

O Ministério da Saúde emitiu, em 11 de julho de 2024, uma nota técnica a todos os estados e municípios recomendando a intensificação da vigilância em saúde após a confirmação de transmissão vertical do vírus Oropouche pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), que identificou a presença do genoma do vírus em um caso de morte fetal e de anticorpos em amostras de quatro recém-nascidos.

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