No domingo (28/7), a população da Venezuela decide o futuro político do país, podendo representar um ponto de virada para o chavismo e tirar Nicolás Maduro do poder depois de 11 anos no governo.
Nas últimas pesquisas de intenção de voto, o atual presidente do país está atrás do candidato da oposição, Edmundo González, como indicado por institutos independentes não vinculados à máquina estatal venezuelana.
Segundo levantamentos dos institutos Datincorp, Delphos e Meganálisis, González está com uma vantagem de pelo menos 30% em relação a Maduro.
O ex-diplomata, escolhido pela coligação Plataforma Unitária Democrática (PUD) como representante da oposição, lidera com 60% das intenções de voto, enquanto o líder chavista possui 25% de apoio.
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Nicolás Maduro: Perspectivas de um Novo Mandato
À medida que as eleições se aproximam, Nicolás Maduro intensifica seus esforços para permanecer no poder, adotando a retórica clássica do chavismo.
Em um comício em Maracaibo, Maduro se retratou como um defensor do povo, convocando a união dos apoiadores contra seu opositor, rotulado como uma marionete da direita.
No encerramento da campanha, na capital Caracas, o presidente venezuelano enfatizou a importância da democracia, prometendo diálogo com diversos setores e assegurando a paz durante todo processo eleitoral.
Apesar de demonstrar respeito pelo processo democrático, Maduro sugeriu que a oposição planeja contestar os resultados das eleições, ameaçando agir com firmeza contra aqueles que se recusarem a aceitar uma possível derrota.
Anteriormente, Maduro alertou para possíveis distúrbios e até derramamento de sangue, caso seu opositor, Edmundo González, seja eleito.
Além disso, o atual presidente venezuelano reiterou a soberania nacional, exigindo que nenhum país interfira nos assuntos internos da Venezuela.
A preocupação em relação ao processo eleitoral na Venezuela surgiu bem antes do início da campanha, quando a oposição acusou Maduro de violar as regras democráticas do país usando recursos do Estado. As figuras proeminentes da oposição, María Corina Machado e Corina Yoris, foram impedidas de se candidatar devido a entraves judiciais e burocráticos, sendo então substituídas por Edmundo González.
Durante os meses de campanha, a oposição liderada por María Corina Machado denunciou diversas violações cometidas pelo governo, incluindo prisões arbitrárias e perseguição política. Buscando assegurar a transparência das eleições, a oposição organizou uma força-tarefa para fiscalizar as urnas e convocou observadores nacionais e internacionais para acompanhar o processo de votação.
No entanto, na última sexta-feira (26/7), um incidente levantou questionamentos sobre as intenções de Maduro após a divulgação dos resultados eleitorais. Uma delegação de ex-presidentes da América Latina foi impedida de decolar do Panamá com destino à Venezuela para supervisionar as eleições. No mesmo dia, um grupo de deputados europeus, convidados pela oposição para atuar como observadores, foi deportado pelas autoridades venezuelanas.
O fechamento das fronteiras e as restrições impostas por Maduro geraram preocupações, com relatos de autoridades impedidas de entrar no país. A senadora da Colômbia relatou ter tido seu passaporte confiscado e ter sido deportada ao chegar em Caracas, enquanto um voo que transportaria ex-presidentes para monitorar a votação foi afetado pelas restrições.
Esses eventos recentes têm gerado inquietação sobre a lisura do processo eleitoral na Venezuela. A comunidade internacional e organizações de direitos humanos têm expressado preocupações sobre a transparência e a legitimidade das eleições em meio a crescentes tensões políticas e restrições impostas aos observadores externos.
Os desdobramentos futuros desses acontecimentos são aguardados com grande expectativa, enquanto a Venezuela se prepara para um momento crucial em sua trajetória política. A pressão internacional e a vigilância constante da comunidade global podem ter um papel fundamental na garantia de eleições justas e democráticas no país.
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