O senador Randolfe Rodrigues (AP), que recentemente se filiou ao PT e lidera a bancada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), expressou sua discordância em relação ao posicionamento oficial de seu próprio partido ao afirmar que a eleição presidencial na Venezuela foi realizada “sem idoneidade”.
Em comunicado divulgado na última segunda-feira, 29, a Executiva Nacional do PT referiu-se a Nicolás Maduro como “presidente reeleito”, sem questionar a lisura do processo eleitoral no país vizinho. O partido, de maneira institucional, parabenizou os eleitores venezuelanos e descreveu o pleito na Venezuela como uma “jornada pacífica, democrática e soberana”.
O senador caracterizou o regime vigente na Venezuela como “autoritário”, afirmando que tanto Maduro quanto a oposição não possuem legitimidade.
Randolfe exerce a função de líder do governo Lula no Senado desde janeiro de 2023 e se juntou ao PT em 18 de julho, após mais de um ano sem filiação partidária.
Em maio de 2023, o senador desligou-se da Rede Sustentabilidade devido a divergências com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também é dirigente da Rede.
Ao discordar do posicionamento oficial do PT, Randolfe vai de encontro também a colegas de partido, como a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional da sigla, que compartilhou a nota oficial do partido em seu perfil do X (antigo Twitter).
Outro membro do partido, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), e pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte, reiterou a transparência da eleição venezuelana e criticou o candidato de oposição que estava na disputa, Edmundo González Urrutia.
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