Parece que o fundo de investimentos Mubadala, que adquiriu a refinaria Mataripe, teve alguns obstáculos após a compra devido à pressão e dificuldades impostas pela Petrobras. Segundo informações divulgadas pelo BP Money, parceiro do Bahia Notícias, a situação se tornou complexa para o Mubadala no mercado brasileiro pós-aquisição.
Parece que a refinaria estava de certa forma “dependente da estatal”, o que levou a dilemas, especialmente após rumores de que a Petrobras poderia recomprar a refinaria inteiramente. Mesmo após a venda, a refinaria continuou sendo cliente da estatal, fornecendo óleo cru, o insumo essencial.
Houve controvérsias quando a Acelen emitiu uma nota em 2023 que gerou preocupações entre as partes. A empresa indicou ao Cade que a Petrobras estaria repassando petróleo para suas refinarias a preços inferiores aos praticados com seus concorrentes, levando a questionamentos sobre práticas isonômicas de preços.
A Petrobras solicitou ao Cade o arquivamento do caso, alegando que a Acelen estava exigindo a comercialização de petróleo cru por um valor inferior, o que pode ter sido influenciado pelas negociações passadas envolvendo a venda da refinaria.
O analista de Equity Research da Ativa, Ilan Arbetman, mencionou o impacto das circunstâncias ao afirmar que a Petrobras teria dificultado a situação do Mubadala. Ele ressaltou que foi um desafio para a refinaria de Mataripe competir com a Petrobras, o que pode refletir também nos preços do mercado.
Além disso, Arbetman apontou que essa transação pode não trazer retornos substanciais para a estatal, destacando a vocalidade da Petrobras em investir no setor de refino e as dificuldades enfrentadas pelo Mubadala como um novo player independente em um setor quase totalmente dominado pela Petrobras.
Outro ponto de vista é apresentado pelo especialista Virgilio Lage, da Valor Investimentos, que considera positivo o fato de a refinaria Mataripe representar cerca de 14% da capacidade de refino brasileira. Ele enfatiza que embora a transação deva gerar bons retornos, é importante observar os resultados iniciais. A curto prazo, a venda pode impactar negativamente o caixa da empresa Petrobras, mas os retornos da refinaria são promissores.
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