O valor da dívida líquida da Petrobras atingiu US$ 46,1 bilhões no segundo trimestre deste ano, representando um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com o saldo da dívida líquida no final do primeiro trimestre de 2024, houve um acréscimo de 5,8%. Estes dados foram divulgados em um relatório encaminhado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quinta-feira (8).
Já a dívida bruta alcançou US$ 59,6 bilhões em 30 de junho deste ano, o que representa um aumento de 2,9% em relação ao mesmo período de 2023, porém uma redução de 3,6% em relação ao final de março. A Petrobras informou que o prazo médio dessa dívida passou de 11,3 anos no final do primeiro trimestre para 11,76 anos ao final do segundo trimestre. O custo médio variou de 6,5% para 6,6% ao ano no mesmo intervalo. A relação entre dívida bruta e Ebitda ajustado é de 1,22 vezes, mantendo-se estável em relação ao primeiro trimestre.
Investimentos
Os investimentos da Petrobras totalizaram US$ 3,4 bilhões, registrando um aumento de 4,7% em comparação com o mesmo período de 2023 e de 11,5% em relação aos três primeiros meses do ano atual.
Fluxo de Caixa livre
O fluxo de caixa livre, um indicador relevante por ser a base de cálculo de dividendos, foi de R$ 31,8 bilhões entre abril e junho. Esse valor representa uma redução de 4,3% em relação ao segundo trimestre de 2023 e 1,7% inferior ao primeiro trimestre deste ano. O preço médio do barril de petróleo do tipo Brent considerado para o relatório no segundo trimestre foi de US$ 84,94, refletindo um aumento de 8,4% em um ano.
Derivados
No segundo trimestre de 2024, as vendas de derivados da Petrobras foram 1,5% menores do que no mesmo período de 2023, totalizando R$ 71,8 bilhões. Apesar disso, esse resultado representa um aumento de 3,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, o primeiro de 2024.
A empresa destacou que no mercado interno, o aumento na receita com derivados se deve principalmente aos maiores preços praticados, especialmente da Nafta e do QAV, juntamente com volumes maiores vendidos de derivados, com destaque para o diesel, impulsionado pela sazonalidade do consumo e o crescimento da atividade econômica.
Venda por produto
As receitas com diesel alcançaram R$ 36,4 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior e 3,8% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2024. Já em relação à gasolina, a receita da Petrobras com o produto foi de R$ 16 bilhões entre abril e junho, o que representa uma redução de 14,4% em relação ao segundo trimestre de 2023, porém um aumento de 0,9% em comparação aos três meses anteriores.
FUT
O fator de utilização total (FUT) do parque de refino da Petrobras foi de 91% no segundo trimestre, mostrando uma queda em relação à média de 93% registrada no mesmo período do ano anterior. Considerando o semestre, o FUT médio do parque de refino ficou em 91%, dois pontos percentuais acima da média do primeiro semestre de 2023.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
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