Haddad diz que BC tem mandato para cuidar da inflação e já parou de cortar juros

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu para 0,38% em julho e atingiu 4,50% no acumulado de 12 meses, o limite da meta estabelecida. Ele ressaltou que é de responsabilidade do Banco Central gerenciar a inflação. Haddad mencionou: “Estamos acompanhando de perto, tomando as medidas necessárias. O Banco Central tem se posicionado, o dólar teve uma queda significativa recentemente e esperamos que esses números se estabilizem em patamares mais baixos.”

Ele alertou para os impactos das decisões do Banco Central sobre os juros atualmente, afirmando que estas refletirão na inflação do ano de 2026. Haddad explicou: “Não se combate a inflação de 2024 simplesmente aumentando os juros. É preciso observar a evolução da inflação ao longo dos meses para determinar a abordagem correta para conter possíveis aumentos de preços.”

Questionado sobre as medidas de compensação decorrentes da desoneração a serem incorporadas na proposta orçamentária de 2025, Haddad mencionou a necessidade de apresentar fontes de receitas para cobrir as renúncias fiscais, conforme determinação judicial. Ele assegurou que o governo tomará as medidas cabíveis para impulsionar o crescimento econômico e o aumento da renda dos trabalhadores no país.

Haddad ressaltou ainda que a desoneração representa um custo aproximado de R$ 27 bilhões, fator essencial a ser considerado para que o governo cumpra as metas fiscais estabelecidas.

Sobre as negociações com o Congresso sobre o tema, ele afirmou que apresentarão alternativas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de iniciar as discussões com os parlamentares.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Tamyres Sbrile

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