OEA aprova resolução que cobra checagem imparcial de eleições na Venezuela

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A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou, nesta sexta-feira (16), uma resolução que solicita ao governo de Nicolás Maduro a divulgação dos resultados das controversas eleições de 28 de julho na Venezuela. O documento foi aprovado por consenso pelas 26 delegações dos países-membros presentes na reunião extraordinária realizada na sede da OEA, em Washington. A resolução insta o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano a divulgar prontamente as atas com os resultados da votação das eleições presidenciais em cada seção eleitoral e a permitir uma verificação imparcial dos resultados. Expressando preocupação com os relatos de graves irregularidades e violência durante o processo eleitoral, a resolução solicita ao governo de Maduro que respeite direitos fundamentais como o direito de se reunir pacificamente, sem represálias, o direito de não ser detido ou encarcerado arbitrariamente e o direito a um julgamento justo.

O texto, apresentado pelos Estados Unidos na OEA, recebeu apoio de países como Antígua e Barbuda, Argentina, Canadá, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, República Dominicana, Suriname e Uruguai. A comunidade internacional tem exigido a divulgação das atas eleitorais desde que o CNE declarou a vitória de Maduro sobre o candidato opositor, Edmundo González Urrutia, na mesma noite das eleições. Tanto os Estados Unidos quanto a oposição venezuelana afirmam que González Urrutia foi o vencedor das eleições presidenciais. A crise eleitoral resultou em protestos que causaram 25 mortes e mais de 2.400 detenções.

O Conselho Permanente da OEA já havia se reunido em 31 de julho para discutir uma resolução que pedia transparência ao governo de Maduro. O texto foi rejeitado naquela ocasião por não obter a maioria dos votos dos 34 países-membros. Pouco antes da reunião da organização americana, a União Europeia e 22 países assinaram uma declaração conjunta solicitando uma verificação imparcial dos resultados das eleições venezuelanas.

*Com informações da AFP

Publicado por Sarah Américo

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