Universidades de Bangladesh retomam suas atividades após um período de um mês de fechamento devido à intensa repressão aos protestos estudantis. No último domingo (18), a maioria das instituições de ensino superior do país reabriu suas portas, marcando o retorno das aulas após um cenário de violência que culminou na saída da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina do país. O reinício das atividades acadêmicas não só trouxe de volta a movimentação estudantil às ruas, como também marcou o retorno à normalidade que havia sido interrompida nas últimas semanas. Porém, algumas universidades públicas autônomas, regidas por legislações distintas, ainda não puderam retomar as aulas devido à falta de funcionários importantes que renunciaram após a queda de Hasina no último dia 5.
Enquanto Hasina se encontra em Nova Delhi sob alegada proteção do governo indiano, seus planos futuros permanecem desconhecidos. A ex-primeira-ministra enfrenta acusações em vários casos de violência, e diversos de seus colaboradores foram detidos. O movimento estudantil teve início de forma pacífica em 1º de julho, em protesto contra um sistema de cotas de trabalho favorecendo os apoiadores do governo do partido Liga Awami, de Hasina. No entanto, os protestos escalaram para a violência duas semanas mais tarde, quando foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança, desencadeando uma onda de revolta que culminou na saída de Hasina do poder.
A determinação do governo de Sheikh Hasina em fechar indefinidamente todas as escolas e universidades de Bangladesh em 17 de julho, um dia após os primeiros seis mortos serem registrados durante os protestos estudantis antigovernamentais, marcou um período conturbado no país. O retorno às aulas marca não apenas o reinício das atividades acadêmicas, mas também simboliza uma retomada da normalidade em meio aos tumultos recentes vivenciados nas ruas de Bangladesh.
Com informações da EFE
Publicado por Sarah Américo
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