São Paulo – Durante sua participação no programa Roda Viva da TV Cultura, a candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB), fez uma afirmação polêmica, sugerindo que um dos candidatos adversários nas eleições municipais deste ano estaria recebendo financiamento do crime organizado. A deputada federal afirmou que cabe às autoridades competentes investigar a questão, sem mencionar nomes dos supostos beneficiados por tais práticas ilícitas.
“Cabe à Polícia, cabe ao judiciário investigar: a gente tem candidato financiado pelo crime organizado, a gente tem candidato financiado por empresário corrupto, a gente tem candidato que usa bilhões de reais do dinheiro público”, declarou Tabata Amaral durante a entrevista.
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Tabata Amaral, deputada federal pelo PSB de São Paulo, fez menção à operação Fim da Linha e denunciou que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) teria tentado favorecer a Transwolff, empresa investigada por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), na operação do transporte hidroviário na zona sul da capital.
Ela foi contundente ao mencionar: “Houve uma operação que revelou que esta empresa está envolvida com o crime organizado, lavando dinheiro. E o que fez o prefeito? Foi lá, elogiou a empresa gravando um vídeo. A Transwolff, mesma situação: autoridades dizendo que a empresa está envolvida com lavagem de dinheiro para o PCC. E o que faz o prefeito? Tenta forçar a operação do hidroviário da Represa Billings pela Transwolff.”
Tabata também fez referência à Operação Decurio, deflagrada pela Polícia Civil em 6 de agosto, que investiga possíveis tentativas de infiltração de membros do PCC nas eleições municipais.
Quando questionada sobre quem seria o candidato que enfrentaria no segundo turno, a deputada foi clara: “Meu adversário é Ricardo Nunes.”
A postura firme de Tabata Amaral em expor essas questões delicadas envolvendo o poder público e empresas sob investigação demonstra seu comprometimento com a transparência e a fiscalização dos órgãos responsáveis, além de ressaltar a importância de combater a corrupção e as práticas ilícitas que possam comprometer a integridade das instituições.
É fundamental que parlamentares estejam atentos e atuantes na defesa dos interesses da população e na fiscalização das ações governamentais, garantindo que os princípios éticos e legais sejam respeitados. Tabata Amaral, ao dar voz a essas denúncias, contribui para a promoção da justiça e para a construção de uma sociedade mais justa e íntegra.
Esse posicionamento reforça a importância do papel dos representantes eleitos em monitorar as atividades do poder executivo, assegurando que os recursos e serviços públicos sejam geridos de forma idônea e em conformidade com os interesses coletivos, combatendo qualquer tipo de desvio ou favorecimento indevido.
A atitude proativa de Tabata Amaral em trazer à tona questões relevantes para a sociedade evidencia seu compromisso com a transparência, a ética e a legalidade no âmbito político, mostrando-se como uma representante atuante e vigilante em relação aos assuntos que impactam diretamente a comunidade e a gestão pública.Durante uma entrevista, a candidata mencionou o atual prefeito como seu principal oponente em mais de uma ocasião. Segundo ela, a responsabilidade pela situação medíocre da cidade recai sobre Nunes. Além disso, destacou as diferenças entre sua campanha e a de Guilherme Boulos (Psol).
“Eu tenho grandes divergências com Boulos que vão além da questão ideológica. São diferenças de postura. Boulos demonstra dificuldade em lidar com provocação, como vimos no debate, e em dialogar com pessoas de pensamentos divergentes. Não consigo imaginar Boulos como prefeito trabalhando em conjunto com o governador Tarcísio”, afirmou a candidata.
A postulante do partido pessebista defendeu sua candidatura ao afirmar que os eleitores da capital paulista desejam uma “mudança moderada” e não uma “revolução”.
“Há um caminho para uma transformação moderada em São Paulo. As pessoas estão insatisfeitas com vários aspectos: a educação em queda nos rankings nacionais, a Cracolândia fora de controle e a crescente insegurança na cidade. As pessoas não estão contentes com essa situação, mas também não desejam uma revolução radical”, explicou a candidata.
Ela enfatizou que a população lutou arduamente pelas conquistas alcançadas nas administrações de ex-prefeitos como Luiza Erundina, Marta Suplicy, Fernando Haddad, José Serra e Bruno Covas, e que a cidade deve avançar a partir do que já foi conquistado.
Quando questionada sobre a falta de alianças para a campanha e a saída do ex-aliado José Luiz Datena (PSDB), que decidiu concorrer à Prefeitura após negociar a vaga de vice na chapa da deputada, a candidata mencionou que “quem possui aparato conseguiu apoio” e que a governabilidade será “ainda melhor” sem a necessidade de dividir o mandato.
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