Os preços do petróleo sofreram uma queda significativa devido aos avanços nas negociações por uma possível trégua em Gaza. Isso resultou na redução do prêmio de risco geopolítico sobre o valor da commodity. O barril Brent do Mar do Norte, negociado em Londres para entrega em outubro, registrou uma queda de 2,53%, fechando a 77,66 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano com vencimento em setembro, caiu 2,97%, sendo cotado a 74,37 dólares.
O início do dia no mercado foi marcado por notícias desfavoráveis, com o destaque para a queda de quase 30% nos investimentos estrangeiros diretos (IED) na China em julho, em comparação com o ano anterior. Os IEDs vêm sofrendo reduções mensais desde junho de 2023 no país asiático, com um agravamento observado este ano. No segundo trimestre, foi registrada a maior queda já vista nesse indicador.
Além disso, maus indicadores recentes têm impactado a economia chinesa, especialmente no que diz respeito à atividade industrial manufatureira, mercado imobiliário e desemprego, que apresenta um leve aumento. Para John Kilduff, da consultoria Again Capital, “Os sinais de uma demanda fraca estão se acumulando”, ao se referir à situação na China. Ele ainda ressaltou que, com base nos dados disponíveis, a situação tenderá a piorar.
Posteriormente a essa abertura negativa, o mercado de petróleo sofreu uma forte queda com as notícias sobre as negociações em andamento para uma trégua em Gaza. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, comunicou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “confirmou” a aceitação do plano dos Estados Unidos para a trégua.
Segundo Kilduff, “O prêmio de risco geopolítico está gradualmente diminuindo e, sem as preocupações relacionadas ao Oriente Médio, poderíamos chegar a um barril a 70 dólares” em relação ao WTI. Ele enfatizou que somente a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados podem evitar uma queda ainda maior nos preços.
Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira
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