Na corrida eleitoral para a Prefeitura da capital, o influencer Pablo Marçal (PRTB) informou ter recebido R$ 544 mil em doações de apoiadores até a última terça-feira (20/8), já que seu partido não tem acesso ao fundo eleitoral.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 53% desse valor provém de doadores com CPFs de fora do estado de São Paulo, conforme levantamento realizado pelo Metrópoles.
Até o último prazo, apenas Marçal, Marina Helena (Novo) e Tabata Amaral (PSB) tinham iniciado o processo de prestação de contas de suas campanhas, detalhando publicamente suas receitas e despesas eleitorais.
Na última semana, durante o debate promovido pela Bandeirantes entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, representante do PRTB, insinuou que Guilherme Boulos, do PSol, teria ligação com o tráfico de drogas. A afirmação gerou polêmica e repercutiu intensamente nas redes sociais.
As acusações feitas por Marçal durante o debate foram duramente criticadas por Boulos e sua equipe, que classificaram as declarações como falsas e difamatórias. A troca de acusações evidenciou a tensão entre os candidatos em meio à corrida eleitoral na capital paulista.
Além do embate protagonizado por Marçal e Boulos, o debate também contou com a participação de Ricardo Nunes, representante do MDB. Os temas discutidos foram variados e incluíram questões sobre segurança pública, saúde e educação na cidade de São Paulo.
Pablo Marçal não é estranho a controvérsias, tendo já sido associado a posicionamentos polêmicos no passado. Sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu discurso alinhado à direita conservadora têm gerado debates acalorados dentro e fora do cenário político.
Após o debate, Marçal concedeu uma entrevista coletiva para comentar suas declarações e posicionar-se diante das críticas recebidas. Sua estratégia de comunicação agressiva e incisiva parece refletir uma tentativa de se destacar em um cenário político cada vez mais polarizado.
As eleições municipais em São Paulo estão cercadas de expectativas e tensões, com os candidatos buscando consolidar apoio e conquistar eleitores em meio a um cenário complexo. A troca de acusações e a polarização de ideias têm sido marcas registradas desta campanha eleitoral.
Resta agora aguardar os desdobramentos dessas polêmicas e acompanhar de perto os próximos passos dos candidatos em suas estratégias para conquistar o eleitorado paulistano. O debate político segue intenso, com cada candidato buscando se posicionar da melhor forma possível diante dos desafios e oportunidades que se apresentam.O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) anuncia a entrada de Pablo Marçal na Câmara dos Deputados. Segundo informações, Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, está sob investigação após denúncia feita por um participante de reality show. Em outra ocasião, Pablo Marçal entrevistou a economista Marina Helena (Novo) para o seu programa no YouTube. Além disso, foi registrado um momento em que Marçal aparece ao lado do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) em uma publicação. A deputada estadual bolsonarista Dani Alonso (PL-SP) declarou ser amiga de Pablo Marçal durante um encontro.
Todo o dinheiro recebido pelas candidaturas deve ser devidamente informado à Justiça Eleitoral, mesmo as verbas provenientes do fundo eleitoral. É crucial que a forma como os recursos são utilizados, com identificação do destinatário, seja transparente e de conhecimento público. No contexto da corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu um limite máximo de gastos de R$ 67,2 milhões para o primeiro turno das campanhas.
No que diz respeito a Pablo Marçal, o influencer tem inserções em formato de banners em sua conta no Instagram solicitando doações por meio do Pix. Conforme a legislação eleitoral vigente, cada doador pode destinar às campanhas o montante correspondente a 10% de sua renda total anual declarada no último imposto de renda. Com uma impressionante marca de 12,8 milhões de seguidores em seu perfil na rede social, Marçal fez o pedido sem restringir a origem das doações – seja de cidadãos residentes na cidade de São Paulo ou de outras localidades.
Em conformidade com as diretrizes democráticas, a transparência no financiamento das campanhas eleitorais torna-se essencial para assegurar a lisura do processo eleitoral e a integridade das instituições. Assim, garantir que os recursos sejam devidamente registrados e que os gastos sejam controlados e divulgados de maneira clara é um passo fundamental para a boa prática política e a confiança dos eleitores no sistema democrático. A prestação de contas detalhada e a fiscalização dos recursos empregados são pilares cruciais para a legitimidade e transparência do pleito eleitoral.Paulo está considerando seu voto para o influenciador. Até agora, Marçal recebeu um total de 10.473 doações via Pix, de acordo com informações de sua candidatura. No entanto, dos R$ 544 mil recebidos até o momento, R$ 217 mil provêm de CPFs emitidos em São Paulo, correspondendo a um total de 3.198 pessoas.
É possível que o número de doadores paulistas seja um pouco maior, já que 751 depósitos listados pela candidatura foram classificados como “recurso de origem não identificada”, os quais precisarão de ajustes futuros. Os CPFs que não são de São Paulo contribuíram com R$ 291 mil, conforme os dados do TSE.
Entre os dois maiores doadores da campanha do candidato, que fizeram repasses de R$ 100 mil cada, um deles é residente de São Paulo, o bilionário de origem judaica Helio Seibel, do Grupo Ligna, nascido no Bom Retiro, região central da cidade. O outro, o empresário Hélio Paulo Ferro Filho, é natural de Goiás e, como reportado pelo Metrópoles, foi detido por posse ilegal de arma em seu estado há dois anos.
A equipe de Marçal não retornou o contato do Metrópoles quando foi procurada para comentar sobre as doações provenientes de pessoas com CPFs de fora do estado. O espaço para resposta permanece disponível.

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