A União Europeia (UE) está exercendo pressão sobre a Venezuela em relação à transparência das eleições realizadas em 28 de julho. O alto representante da UE, Josep Borrell, reafirmou a importância de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela torne públicas as atas das eleições presidenciais. Até o momento, as autoridades venezuelanas não forneceram as evidências necessárias para uma avaliação precisa dos resultados eleitorais que declararam Nicolás Maduro como vencedor com 6,4 milhões de votos, enquanto seu oponente, Edmundo González, obteve 5,3 milhões de votos.
Diante da contestação dos resultados pela oposição venezuelana, a União Europeia intensificou sua pressão por maior transparência e não reconheceu a ratificação dos resultados realizada pelo Tribunal Supremo de Justiça, levantando questionamentos sobre sua imparcialidade. Borrell frisou que apenas resultados completos e verificáveis serão aceitos. Por outro lado, María Corina Machado, uma das líderes da oposição, solicitou o reconhecimento internacional da vitória de Edmundo González.
O governo venezuelano classificou as declarações de Borrell como uma interferência externa, alegando que as atas apresentadas pela oposição são fraudulentas. Adicionalmente, dez países da América Latina, junto com os Estados Unidos, expressaram sua oposição à decisão do Tribunal Supremo, exigindo uma auditoria independente. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também protestou, indicando que validar os resultados com base na decisão do TSJ equivaleria a reconhecer uma possível fraude eleitoral.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que aguardará a divulgação das atas para tomar uma decisão sobre o reconhecimento de Maduro como presidente legítimo da Venezuela. A situação eleitoral no país continua sendo um tema de grande debate e controvérsia tanto a nível nacional como internacional. É fundamental para a democracia e a estabilidade política que as questões relacionadas às eleições sejam esclarecidas de forma transparente e imparcial, visando garantir a vontade legítima do povo venezuelano.
Publicado por Luisa Cardoso
*Reportagem produzida com o auxílio da Inteligência Artificial

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