Israel afirma ter frustrado ataque em grande escala do Hezbollah

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Israel afirma ter impedido um ataque em grande escala planejado pelo Hezbollah no Líbano neste domingo (25). O grupo terrorista alegou ter lançado centenas de drones e foguetes contra posições israelenses em retaliação ao assassinato de um de seus líderes. Temores de uma escalada militar regional entre o Irã e seus aliados de um lado, e Israel do outro, surgiram, após meses de tensão na região, especialmente após a recente guerra em Gaza ainda sem um acordo de cessar-fogo.

O Hamas, que está em conflito com Israel em Gaza há mais de dez meses, elogiou a resposta do Hezbollah contra Israel. O presidente dos EUA, Joe Biden, está acompanhando de perto os acontecimentos e um porta-voz do Pentágono afirmou que os EUA estão prontos para apoiar a defesa de Israel, seu aliado.

O Hezbollah, apoiado pelo Irã, prometeu retaliar após a morte de um de seus comandantes militares em um ataque israelense em Beirute. Em conjunto com o Irã e o Hamas palestino, o Hezbollah ameaçou responder ao assassinato do ex-líder do Hamas em Teerã, atribuído a Israel.

A Força Aérea Israelense lançou uma operação complexa após receber informações sobre o ataque planejado pelo Hezbollah. Cerca de 100 aeronaves atingiram milhares de lança-foguetes no sul do Líbano, em 40 zonas de disparo. Mais de 270 alvos foram atingidos, conforme explicou o porta-voz militar.

Os disparos do Hezbollah faziam parte de um ataque maior, porém grande parte foi impedida. O primeiro-ministro israelense alertou que mais ações poderiam ser tomadas. O Hezbollah considerou o ataque um sucesso e afirmou que era apenas o início da resposta à morte de seu comandante.

O líder do Hezbollah negou as alegações de Israel sobre a destruição de lançadores de foguetes e interceptação de foguetes, dizendo que lançaram drones e mais de 320 foguetes contra bases militares em Israel, incluindo as Colinas de Golã ocupadas. O principal alvo foi a base de Glilot, alegou o líder, localizada a 110 km da fronteira com o Líbano, que Israel disse não ter sido atingida.

Tanto Israel quanto o Hezbollah continuam a trocar acusações e a situação permanece tensa. Os países vizinhos e a comunidade internacional estão atentos aos desdobramentos dessa escalada de violência na região do Oriente Médio.Segundo relatos, um soldado da marinha foi morto em um evento de combate no norte, embora não haja detalhes se está relacionado a algum ataque. Mais tarde, o grupo armado Hamas assumiu a autoria de disparar um foguete em direção a Tel Aviv, que, de acordo com líderes militares israelenses, atingiu uma região desabitada.

Na região sul do Líbano, foram registradas três mortes em bombardeios israelenses, classificadas como terroristas pelo Hezbollah e pelo movimento aliado Amal. Os confrontos entre Israel e o Hezbollah têm se intensificado desde o início do conflito na Faixa de Gaza com o Hamas. A ONU no Líbano pediu um cessar-fogo entre ambas as partes.

O Ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, convocou o Conselho de Segurança da ONU para adotar medidas dissuasivas contra Netanyahu e seus ministros, a quem responsabiliza por eliminar as chances de paz. O diplomata britânico, David Lammy, enfatizou a urgência de se evitar a escalada de conflitos no Oriente Médio a todo custo.

Em meio a essa atmosfera tensa, uma nova rodada de negociações está em andamento na capital egípcia desde a última quinta-feira. Na mesa de diálogo estão presentes líderes de inteligência de Israel, Estados Unidos, Catar e Egito. Uma delegação do Hamas deixou o Cairo no domingo após encontros com mediadores egípcios e do Catar, conforme informou um representante do grupo. No entanto, o movimento palestino não participou da mais recente rodada de negociações.

O conflito em Gaza teve início em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas atacaram o sul de Israel, resultando na morte de 1.199 pessoas, a maioria civis, de acordo com números oficiais. Além disso, 251 pessoas foram feitas reféns, sendo que 105 permanecem em Gaza, incluindo 34 declarados mortos pelo exército israelense.

Israel, em resposta, se comprometeu a destruir o Hamas e iniciou uma ampla ofensiva que já ceifou a vida de 40.405 pessoas em Gaza, segundo informações do Ministério da Saúde local, sem especificar quantas vítimas são civis ou combatentes.

Com informações da AFP. Publicado por Carolina Ferreira.

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