A direção do Corinthians enfrentará mais do que a batalha contra o rebaixamento nos próximos dias. No dia 26 de julho, um grupo composto por 90 conselheiros, denominado “Movimento Reconstrução SCCP”, entrou com um pedido de impeachment do presidente Augusto Melo, que ainda não se manifestou sobre o assunto. “O movimento Reconstrução é uma ação apartidária que reúne conselheiros independentes de diversos grupos, com opiniões diversas, porém unidos em prol do bem maior, que é o Corinthians. O clube está em uma situação crítica”, comentou Mário Gobbi, ex-presidente e um dos líderes do grupo. Ele acrescentou: “O Corinthians não suporta mais essa falta de gestão e desordem.”
É fundamental agir rapidamente para reorganizá-lo, seja para interromper a crise no clube, seja para que o time responda em campo e supere a situação no Campeonato Brasileiro que preocupa a todos nós”, finalizou. O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, será responsável por avaliar a solicitação. Ele tem cinco dias para encaminhar o pedido à Comissão de Ética e Disciplina, que terá mais cinco dias para notificar Augusto Melo sobre o processo de destituição. O presidente terá então dez dias para apresentar sua defesa. O requerimento conta com 19 páginas, abordando principalmente possíveis irregularidades no contrato com a VaideBet, patrocinadora que encerrou o contrato com o clube em junho.
Os conselheiros também mencionam o término do acordo com a Pixbet, que também patrocinou o clube recentemente. O documento exige a remoção de Augusto Melo e seus diretores. Após a defesa de Augusto Melo, uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo é convocada para decidir sobre a destituição do presidente. Se aprovado, uma assembleia geral de associados será convocada para votar o impeachment do presidente. “Para remover um dirigente eleito, é necessário aprovar um processo de impeachment. Esse procedimento deve passar pelo Conselho antes de ser julgado pela Assembleia Geral, momento em que o presidente é suspenso. Enquanto isso não ocorrer, ninguém é afastado”, declarou Romeu Tuma Júnior no início do mês.
*Com informações do Estadão
Publicado por Marcelo Bamonte
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