O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) manifestou, nesta terça-feira (27/8), seu “veemente repúdio” à decisão da direção da Controladoria-Geral da União (CGU) de enviar equipes de auditores para fiscalizar a execução de despesas com recursos originados de emendas Pix.
De acordo com eles, o prazo concedido não é suficiente para o planejamento logístico e técnico, e a determinação ocorre em meio a um movimento paredista da carreira de Finanças e Controle.
Para atender à determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o uso de recursos provenientes das emendas Pix, a gestão da CGU comunicou a necessidade dessa atividade ao corpo funcional na tarde da última sexta-feira (23/8). As equipes responsáveis afirmam terem sido avisadas somente no final da manhã da segunda-feira (26/8).
“Este curto período entre a notificação e o início das atividades de campo não permite um planejamento adequado, comprometendo a qualidade e a eficiência do trabalho a ser realizado”, afirma a Unacon Sindical.
As equipes têm prazo para entregar os relatórios até a quinta-feira (29/8) e precisarão realizar o trabalho de campo desfalcadas, devido à greve da carreira.
Os servidores também acrescentam que “os poucos dias disponíveis para os trabalhos também incluem o tempo gasto com o deslocamento, o que reduz significativamente o tempo disponível para a realização das atividades de campo, e ainda mais para a elaboração do relatório, o que impacta a capacidade de verificar, adequadamente, as diversas obras incluídas no escopo da auditoria”.
Por fim, destacam que essas circunstâncias geram inseguranças para os auditores, que enfrentarão dificuldades para cumprir os critérios técnicos necessários para uma fiscalização eficaz.
“O trabalho apressado e a falta de planejamento adequado podem comprometer não apenas a qualidade dos relatórios, mas também a integridade da fiscalização como um todo”, argumentam.
E concluem: “A Unacon Sindical defende a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos e prazos estabelecidos, garantindo condições adequadas para que as equipes de auditoria possam realizar seu trabalho com a qualidade e precisão necessárias. A falta de planejamento e a imposição de prazos impraticáveis afetam diretamente a eficácia das auditorias e a confiança no trabalho realizado pela CGU”.
Entenda a Situação
Na semana passada, os servidores da carreira de Finanças e Controle rejeitaram de forma definitiva a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal. Segundo a Unacon Sindical, o governo Lula (PT) “ignorou pleitos sem impacto financeiro”.
Agora, eles solicitam a abertura de uma nova mesa de negociação, que seja “efetiva”, com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Até o momento, o governo federal firmou 40 acordos no âmbito das mesas de negociações temporárias e específicas conduzidas pelo MGI.
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