A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou sua expectativa de que tanto Israel quanto o Hamas respeitem integralmente o acordo estabelecido com a organização para a realização de pausas humanitárias nos confrontos, permitindo assim uma campanha urgente de vacinação contra a poliomielite em Gaza. Rik Peeperkorn, representante da OMS, mencionou que as equipes estão preparadas para dar continuidade ao acordo. A primeira etapa da campanha terá início amanhã e se estenderá por três dias consecutivos, tendo início no centro da Faixa de Gaza e seguindo para o sul e posteriormente para o norte, podendo ser estendida por mais um dia nas áreas não alcançadas.
Essas pausas humanitárias não constituem um cessar-fogo e estão programadas para durar oito horas diárias. Serão estabelecidos 392 postos fixos e 300 móveis para alcançar as famílias com dificuldades de mobilidade. A ação contará com 2.180 agentes de saúde e comunitários devidamente treinados, para os quais a OMS solicitou segurança total. Foram enviadas para Gaza 1,26 milhão de doses da vacina oral (duas gotas nesta primeira fase), juntamente com equipamentos para assegurar a manutenção da cadeia de frio. O objetivo é imunizar 640 mil crianças menores de 10 anos, alcançando uma cobertura de 90% para conter o atual surto de pólio.
Peeperkorn ressaltou que a segunda etapa da campanha está programada para ser realizada dentro de um mês, para fornecer a segunda dose às crianças. Além disso, ele lamentou os contínuos obstáculos enfrentados pela OMS no transporte de suprimentos vitais para os hospitais em funcionamento em Gaza. A organização solicitou autorização para seis missões de entrega de combustível e medicamentos na última semana, mas Israel aprovou apenas duas delas.
Com estas ações humanitárias em curso, a esperança é de que seja possível proteger a saúde das crianças em meio ao conflito. A OMS continua a desempenhar um papel crucial na garantia de assistência médica essencial, mesmo diante das limitações impostas pela situação. A importância da vacinação e do acesso a cuidados de saúde adequados é vital, especialmente em momentos de crise como o atual em Gaza.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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