Em greve há sete dias, médicos reclamam de falta de diálogo com GDF

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Os médicos da rede pública do Distrito Federal estão em greve há uma semana, e as negociações não avançaram de forma significativa. O SindMédico-DF, sindicato que representa a classe, está solicitando reajuste salarial, nomeação de aprovados em concurso e reestruturação na carreira. No entanto, os profissionais estão insatisfeitos com a falta de diálogo e interesse por parte da Secretaria de Saúde (SES-DF).

Vinícius Veloso Paulino, médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Sobradinho II, descreve um cenário precário enfrentado pelos profissionais do SUS na capital. Ele destaca as condições precárias, incluindo falta de infraestrutura, medicamentos e logística, como pontos principais de insatisfação. Paulino também menciona o déficit na escala de trabalho, que leva muitos profissionais a atuarem sozinhos e sobrecarregados nos plantões.

“Enfrentamos todas as condições ruins, falta de logística, de medicamentos, que também afetam outros profissionais de saúde. Mas, ao contrário de outras categorias que lidam com a mesma falta de estrutura, os médicos não têm uma carreira atrativa. Estamos há mais de 10 anos sustentando o sistema de saúde durante a pandemia, enquanto os políticos brigam”, comenta o médico.

Segundo Paulino, a luta da classe visa garantir mais médicos para a população do DF e um SUS de qualidade. Para isso, ele enfatiza a necessidade de tornar a carreira pública mais atrativa: “Apesar da alta densidade de médicos por habitante, o DF não consegue preencher as vagas no SUS. Em 2024, quase 500 médicos foram nomeados, mas apenas 111 assumiram, devido à falta de atratividade na carreira”.

Para mais informações sobre a situação dos médicos em greve e as reivindicações da classe, acompanhe as últimas notícias nos canais de comunicação oficiais do SindMédico-DF e da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. A busca por um diálogo e soluções para os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde é fundamental para a melhoria do sistema de saúde público na região.


medicos do df entram em greve

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Profissionais da área médica do Distrito Federal decidiram entrar em greve nesta terça-feira. O grupo tomou essa medida após aprovar um indicativo de paralisação em 14 de agosto de 2024. Previamente, os médicos buscaram se reunir com o governador Ibaneis Rocha (MDB) para discutirem suas demandas.

Um dos médicos em greve expressou sentimentos de desvalorização e frustração. Ele relatou o atendimento realizado em diversas regiões, como Sobradinho II, Vale dos Pinheiros e Vale do Sol, incluindo áreas rurais. Durante a pandemia, o profissional esteve presente e apoiou a população, enfrentando desafios juntamente com os pacientes. Muitas vezes, os médicos precisam custear equipamentos essenciais, como aparelhos de ar-condicionado, e até mesmo despesas de deslocamento para garantir que os pacientes realizem os exames necessários.

Essas ações demonstram a dedicação e o comprometimento dos profissionais de saúde com o bem-estar dos pacientes, mesmo diante das dificuldades enfrentadas. A decisão de entrar em greve reflete a insatisfação da categoria com as condições de trabalho e a necessidade de melhorias estruturais e de remuneração.

A paralisação das atividades médicas impacta diretamente a população, que pode enfrentar dificuldades no acesso aos serviços de saúde. É essencial que haja diálogo entre os profissionais de saúde e as autoridades responsáveis, a fim de buscar soluções que atendam às demandas da categoria, garantindo um ambiente de trabalho adequado e condições justas para o exercício da profissão.

As reivindicações dos médicos em greve destacam a importância de valorizar e respeitar os profissionais da saúde, que desempenham um papel fundamental na sociedade. O reconhecimento do trabalho e o apoio às necessidades da categoria contribuem para a qualidade dos serviços prestados à população e para a manutenção de um sistema de saúde eficiente e equitativo.Os médicos estão em greve no Distrito Federal desde o dia 3 de setembro, contrariando uma decisão judicial. Guilherme Ramos, que trabalha como médico em uma unidade de saúde pública no Itapoã, expõe a desvalorização enfrentada pela categoria devido aos baixos salários e más condições de trabalho. Ele destaca a discrepância salarial entre médicos concursados da Secretaria de Saúde e outros profissionais, além de ressaltar a falta de profissionais, que resulta em sobrecarga, longas filas de espera e atendimento deficiente.

Ramos ainda enfatiza a falta de diálogo por parte da Secretaria de Saúde como um obstáculo para resolver a crise. Gutemberg Fialho, presidente do Sindicato dos Médicos do DF, aponta a ausência de resposta da SES-DF às reivindicações como motivo para a continuidade da paralisação. Fialho relata que o impasse atual é responsabilidade do governo, que precisa avaliar a proposta apresentada: “A paralisação está nesse impasse. A bola está com o governo”.

Em declarações anteriores, o sindicato deixou claro que a greve persistirá até que haja negociação e uma proposta satisfatória. Representantes estiveram em reuniões com autoridades, como o secretário de Economia do DF e um deputado distrital, para apresentar as demandas da categoria. Fialho reforça que a greve é a última alternativa, após tentativas de diálogo fracassadas, ressaltando não só as más condições de trabalho dos médicos, mas também a crise do SUS no DF.

A reportagem procurou a Secretaria de Saúde para obter um posicionamento sobre a situação, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue disponível para eventuais manifestações e será atualizado. Quanto à decisão judicial que proibiu a greve, o desembargador do TJDFT, Fernando Habibe, aumentou a multa diária em caso de descumprimento da determinação para evitar a continuidade do movimento paredista.Recentemente, uma greve de médicos no Distrito Federal levou à judicialização do caso, resultando em uma multa de R$ 50 mil que acabou sendo aumentada para R$ 200 mil, devido à categoria ter desconsiderado a decisão.

Na ação judicial protocolada contra a paralisação desses profissionais, o Governo do Distrito Federal (GDF) argumentou que manter 100% do corpo médico é fundamental para garantir a adequada prestação de serviços públicos à população.

O Executivo local enfatizou que um aumento salarial para essa categoria afetaria o delicado equilíbrio financeiro das contas públicas, mencionando que, em geral, a remuneração desses servidores ultrapassa os R$ 20 mil, sendo significativamente superior à média de outras categorias no DF.

Além disso, o governo informou que em julho de 2024, todos os servidores distritais receberam a segunda parcela de um aumento de 18%. Em relação às demandas por mais concursos e preferência na escolha da lotação, foi destacado que há um concurso em andamento que formou cadastro de reserva sem limite de candidatos, ressaltando os esforços para a nomeação contínua dos aprovados.

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