Caso a VLI, antiga Vale e operadora atual da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), de fato devolva o trecho baiano sob sua gestão, uma nova concessionária poderá ser selecionada já no próximo ano.
Às vésperas do término do contrato de 30 anos de administração da FCA, com vencimento em 2026, a VLI solicitou a renovação, porém excluindo a parte referente à Bahia. Na sua proposta, a concessionária propõe devolver essa parte, concordando em pagar R$ 3,6 bilhões em indenizações, montante mínimo estimado para a recuperação da malha, a qual tem sido alvo de críticas por seu abandono ao longo dos anos.
A Ferrovia Centro-Atlântica possui uma extensão de 7,8 mil quilômetros, sendo 2,3 mil km localizados na Bahia. Ela se inicia em Corinto, no centro de Minas Gerais, passa por Campo Formoso, no norte baiano, e chega até o Porto de Aratu, na Baía de Todos-os-Santos.
Os R$ 3,6 bilhões serviriam como um aporte financeiro para uma nova concessionária que assumiria o trecho, conforme destacou Marcus Cavalcanti, secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Ele mencionou ao Bahia Notícias: “Caso a VLI desista do trecho, iremos estabelecer uma Parceria Público-Privada (PPP) para o novo operador, que poderá utilizar esse montante para apoiar o investimento”.
Um estudo conduzido pela Infra S.A, empresa pública do governo federal, também está em andamento para identificar potenciais novos operadores responsáveis pela gestão da FCA na Bahia. “Estamos explorando essas possibilidades. É um esforço paralelo. Se tudo ocorrer conforme o planejado, lançaremos a PPP em 2025 e as obras terão início em 2026”, complementou o secretário.
No dia 4 de outubro, em Salvador, está prevista a realização de uma das audiências públicas para debater a proposta da VLI, marcando mais um capítulo na complexa tentativa de retomada das operações da FCA no estado.
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