A missão Polaris Dawn, da SpaceX, terminou no domingo (15) com o retorno à Terra de seus quatro tripulantes civis, incluindo o bilionário Jared Isaacman, que financiou a viagem. A missão foi histórica, alcançando dois marcos importantes: foi a primeira missão privada a levar civis para realizar caminhadas espaciais e quebrou o recorde da órbita mais alta desde as missões da Apollo. Isaacman foi o primeiro a sair da nave Crew Dragon para flutuar no espaço, seguido pela engenheira Sarah Gillis, ambos presos à cápsula por cabos e usando trajes especiais.
A caminhada espacial de Isaacman e Gillis ocorreu na quinta-feira (12), sobrevoando a região entre a Austrália e a Antártida a uma distância de 700 km da Terra. Essa atividade marcou um teste importante para os trajes espaciais que a SpaceX está desenvolvendo para futuras missões de longa duração, incluindo planos mais ambiciosos de bases na Lua e colônias em Marte. No passado, apenas astronautas treinados por agências governamentais realizavam essas caminhadas espaciais, e a missão Polaris Dawn destacou a expansão do acesso ao espaço.
Além da caminhada, a equipe da Polaris Dawn já havia estabelecido outro recorde na quarta-feira (11), quando alcançaram 1.400 km de distância da Terra, a maior distância atingida por humanos desde o programa Apollo, que foi encerrado em 1972. Para efeito de comparação, a Estação Espacial Internacional (ISS) está a 420 km da Terra, tornando esse marco ainda mais significativo.
A missão, que durou cinco dias, partiu do Kennedy Space Center, na Flórida, na terça-feira (10), após dois adiamentos devido a condições meteorológicas desfavoráveis. A missão utilizou o foguete Falcon 9 da SpaceX para lançar a cápsula Crew Dragon, marcando mais um avanço no programa espacial privado da empresa, que também inclui o serviço de internet via satélite Starlink.
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