Maestro da Orquestra Afrosinfônica, Ubiratan Marques comenta relação com Ilê Aiyê: “Somos filhos desse movimento”

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Participando da celebração dos 50 anos do Ilê Aiyê, o mastro da Orquestra Afrosinfônica, Ubiratan Marques, comentou sobre as influências do bloco sobre a orquestra e ressaltou a história do Ilê Aiyê. Em entrevista nesta sexta-feira (1º), o músico afirmou que o grupo o qual ele coordena é “filho” do bloco afro e analisou que toda melodia brasileira “é fundamentada na música de matriz africana”.

“A Afrosinfônica ela só existe por causa do Ilê, nós somos filho desse movimento. Então toda essa resistência nesses 50 anos de luta, eles, na verdade, acabaram surgindo essas variações do que eu chamo dos filhos desse movimento. E nós somos um filho, um dos filhos do Ilê Aiyê, eles são a nossa grande referência”, disse Ubiratan.

O maestro também avaliou que todo o cenário musical brasileiro possui influência da cultura africana. Ele citou, por exemplo, o samba e os maracatus, além dos blocos do Carnaval de Salvador.

“Eu costumo dizer o seguinte: A música brasileira, ela tá toda fundamentada na música de matriz africana. Os Guardiões são os terreiros e todas as manifestações que saem dos terreiros. São os sambas, as variações Maracatu e suas variações. os blocos afros e suas variações que é o carnaval da Bahia. Tudo isso se deve a esses blocos, principalmente ao Ilê Aiyê”, afirmou o maestro.

A orquestra também realizou a abertura das celebrações dos 50 anos do Ilê Aiyê. Veja:

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