O petróleo tipo Brent pode ter uma queda de US$ 5 a US$ 9 nos próximos 12 meses, devido à grande oferta mundial da commodity, principalmente de países não membros da Opep, e problemas de demanda relacionados a incertezas econômicas na China e Europa.
Os cortes voluntários na produção de petróleo feitos pelos membros da Opep em 2024 causaram reduções nos estoques e pressões de alta nos preços, resultando em um déficit de 310 mil barris diários em relação à demanda global da commodity. No entanto, a previsão é de um superávit de 500 mil barris diários em 2025, o que pode levar a uma redução no preço médio do barril de Brent de US$ 79 para US$ 70 no próximo ano.
A oferta de petróleo está em alta em países não pertencentes à Opep, como EUA, Brasil e Guiana, enquanto a demanda global enfrenta obstáculos macroeconômicos, principalmente na China e na Europa. A perspectiva de tarifas sobre importados da China e União Europeia pelo governo dos EUA pode desencadear uma guerra comercial e afetar os preços do petróleo.
Para lidar com uma possível queda nos preços do petróleo em 2025, a Opep pode continuar com os cortes voluntários na produção ao longo do próximo ano. A questão da influência nas exportações de petróleo do Irã também levanta incertezas, com expectativas de possíveis sanções comerciais dos EUA contra o país.
Por outro lado, há dúvidas sobre a capacidade de Donald Trump aumentar a produção de petróleo nos EUA a ponto de reduzir significativamente os preços globais, como prometido durante a campanha eleitoral.
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