A rede de supermercados Carrefour, da França, suspendeu a venda de carnes do Mercosul, uma decisão seguida pelo Intermarché. Ambas as redes optaram por não vender carnes bovinas, suínas e de aves provenientes da América do Sul, em especial da Argentina, Brasil e Uruguai. A justificativa apresentada é a proteção da indústria e agricultura nacionais francesas. No entanto, o Carrefour continuará vendendo carnes sul-americanas em outros países, incluindo o Brasil, onde o impacto é mínimo.
A decisão das redes francesas é vista como uma pressão do governo para bloquear o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Enquanto França é contrária ao acordo, outros países como Alemanha e Espanha defendem a sua assinatura. A França precisa do apoio de mais três países que representem 35% da população da União Europeia para vetar o acordo, o que ainda não aconteceu.
No Brasil, a decisão do Carrefour gerou reações, com a Frente Parlamentar da Agricultura cogitando um boicote à rede. Especialistas acreditam que a medida pode estimular sentimentos nacionalistas e protecionistas no país. Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, destacando as dificuldades na assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia.
No G20, autoridades brasileiras reafirmaram a expectativa de assinar o acordo, enquanto Macron enfatizou que a França não concordará nas condições atuais. A unanimidade entre os países da UE para assinar o acordo ainda é um obstáculo significativo.
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