PEC do voto impresso é rejeitada na comissão especial da Câmara

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Em nova reunião nesta sexta-feira, deputados devem votar o parecer vencedor que pode sugerir arquivamento da proposta.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pretendia adotar o voto impresso a partir de 2022 foi rejeitada pela comissão especial da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (5/8). Foram 23 votos contrários e 11 favoráveis. No entanto, o texto ainda pode ser analisado em Plenário, uma vez que a comissão não tem poder para arquivar um projeto.
A derrota já era esperada pela cúpula do governo. Nessa quarta-feira (4/8), o relator da PEC, deputado Filipe Barros (PSL-PR), disse que a composição da comissão era, em sua maioria, contrária ao projeto. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a acusar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, de “interferir” na Câmara.
Marcos Camargo presidente da APCF
Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)
Um parecer pela rejeição do texto será feito e um novo relator foi escolhido: trata-se do deputado Junior Mano (PL-CE). O novo texto será enviado para que os 513 deputados no plenário possam votar.
Nos últimos dias, Bolsonaro intensificou os ataques às urnas eletrônicas, chegando a fazer uma transmissão ao vivo em que prometia mostrar provas de supostas fraudes. No entanto, o presidente recuou e disse que tinha apenas indícios. Nessa quarta, ele chegou a citar um inquérito da Polícia Federal sobre uma invasão ao sistema eleitoral em 2018.
No entanto, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) divulgou uma nota (veja na íntegra) afirmando que, até o momento, não foi apresentada qualquer evidência de fraudes nas eleições brasileiras.

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