Uma das 140 contenções de encostas realizadas pelo Governo do Estado através da Conder foi reconhecida nacionalmente como melhor iniciativa do Brasil entre todos os entes governamentais que disputaram o Prêmio Periferia Viva.
A empresa baiana foi a única contemplada do setor público a ganhar também o Selo Periferia Sem Risco, honraria que destaca as iniciativas alinhadas com o tema das emergências climáticas, resiliência e redução de riscos. A entrega do prêmio será no dia 28 de novembro, no Museu Nacional da República, em Brasília.
Foram inscritos e avaliados projetos do poder público de todo o Brasil que promovem enfrentamento da desigualdade socioespacial e a potencialização e transformação dos territórios periféricos de acordo com os critérios: efetividade das políticas implementadas, inovação em gestão pública, protagonismo periférico, diversidade e inclusão e popularização do conhecimento.
O prêmio, que teve mais de 2 mil inscrições, também reconheceu iniciativas populares e realizadas por entidades de assessoria técnica.
Na categoria destinada a projetos governamentais, vencida pela Conder, ficaram em 2º e 3º lugar, respectivamente, a Prefeitura de Sobral (CE), com o projeto “Unidade de Gerenciamento de Projetos de Prevenção de Violências (UGP-PV)”, e o Governo de Alagoas, com o projeto “Vida Nova nas Grotas”.
A obra da Conder premiada em 1º lugar foi realizada no Sertanejo, localidade no bairro Cidade Nova, em Salvador, com financiamento do Governo do Estado.
Os procedimentos adotados na obra premiada são os mesmos executados em todas as intervenções desse tipo que o Governo vem realizando. A iniciativa pioneira para mitigar os riscos de deslizamento de encostas foi iniciada na Região Metropolitana de Salvador, mas hoje já se estende para todo o estado.
Em setembro deste ano, Adriana Luz, superintendente de prevenção de desastres da Conder, esteve em Brasília, em evento da Secretaria Nacional de Periferias, e detalhou a receita do sucesso do programa: evitar o remanejamento e procurar sempre manter as famílias no local, envolver a comunidade na execução do projeto, reunir equipe multidisciplinar com a presença de assistentes sociais, utilizar diagnósticos técnicos para evitar conflitos e ingerência política na definição dos locais, usar cobertura verde sempre que possível para proporcionar mais conforto térmico e paisagístico e ocupar espaços livres com equipamentos urbanos como quadras, praças, parques de lazer.
“Isso demonstra a importância, é um reconhecimento do nosso trabalho. Essas obras evitam que desastres naturais ceifem vidas, causem danos materiais e que as famílias sejam retiradas de suas localidades, mitigando riscos e levando justiça climática às periferias. A equipe está bastante orgulhosa, é bom mostrar o nosso trabalho e ter reconhecimento”, comemora Adriana Luz, cuja equipe vem realizando obras de encostas desde 2014.
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