A disputa pelo controle do tráfico de drogas em Rio Claro, interior de São Paulo, tem gerado confrontos violentos entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e uma perigosa quadrilha local conhecida como Bando do Magrelo. Liderado por Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, o grupo tem sido responsável por mortes e ataques brutais na região, utilizando armamento pesado e executando rivalidades à luz do dia.
Segundo investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o Bando do Magrelo já teria assassinado pelo menos 30 membros do PCC. A rivalidade entre os grupos se intensifica devido ao domínio da rota do narcotráfico em Rio Claro, movimentando milhões de reais mensalmente. O Bando do Magrelo, de acordo com o MPSP, possui atividades de tráfico de drogas em pelo menos oito cidades da região.
Magrelo se autodenominou “o novo Marcola”, em referência ao líder do PCC. Suspeita-se que a ordem para a execução sumária dos integrantes do PCC tenha partido dele. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP afirmou que as ações do Bando do Magrelo, como execuções em público com disparos de fuzil durante o dia, têm chamado atenção para a violência na cidade.
Além dos confrontos, o grupo de Anderson Menezes colaborava anonimamente com a polícia, fornecendo informações sobre atividades ligadas ao tráfico de drogas do PCC, visando eliminar a concorrência através da delação.
A prisão de Magrelo em 2023 provocou uma divisão interna em seu grupo, com antigos aliados disputando seu lugar. Um deles, Murilo Batista Prado, conhecido como Irmão Soneca, teria tentado assumir o controle do tráfico, resultando em confrontos que levaram à morte de pelo menos cinco membros. Specula-se que Murilo também tenha falecido, com indícios apontando para um dos corpos carbonizados encontrados em um carro.
No último fim de semana, quatro homens foram assassinados em Rio Claro, em um aparente desdobramento da guerra entre PCC e Bando do Magrelo. A violência na região tem gerado preocupação, principalmente após a sequência de mortes violentas. A polícia continua investigando os incidentes, buscando identificar os responsáveis por mais esse banho de sangue na cidade.
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