O presidente Bolsonaro tentou, sem sucesso, convencer os comandantes do Exército e da Aeronáutica a apoiarem um golpe de Estado para impedir a posse de Lula. Apesar das recusas, Bolsonaro persistiu até o último momento, delegando a tarefa ao general Paulo Sérgio, ministro da Defesa. Porém, mais uma vez, a tentativa fracassou com o terceiro não dos militares.
Na noite em que o golpe seria executado, militares cercaram a residência do ministro Alexandre de Moraes, mas ele não estava lá. Lula também havia viajado para São Paulo. Após o fracasso da tentativa, Bolsonaro desistiu de assinar a minuta do golpe, mesmo sem abandonar completamente a ideia, sendo aconselhado por pessoas próximas e até mesmo pelo ministro Dias Toffoli.
Toffoli, em uma conversa com Fernando Henrique Cardoso, foi aconselhado a agir em consonância com Bolsonaro, vivendo em “clinche” com o presidente. Em um jantar marcado por Fábio Faria, Bolsonaro foi aconselhado por diversos convidados, incluindo autoridades como Tarcísio de Freitas e o procurador-geral Augusto Aras, a reconhecer a eleição de Lula, que já havia sido proclamada pela justiça.
Após o jantar, Toffoli teve uma conversa a sós com Bolsonaro, questionando a possibilidade de os generais permitirem um ex-capitão assumir o poder. Bolsonaro expressou temor de ser preso e seus filhos perseguidos, levando Toffoli a sugerir uma viagem ao exterior. Bolsonaro seguiu o conselho e partiu para os Estados Unidos, onde acompanhou de perto a tentativa de golpe no 8/1, torcendo por seu sucesso.
Esses acontecimentos são vistos como mais uma reviravolta na política brasileira, culminando em uma situação de grande instabilidade e incerteza para o país.
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