Inflação de novembro desacelera em virtude da queda nas contas de luz em outubro

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Segundo o IBGE, o IPCA teve uma variação de 0,39% em novembro; nos últimos 12 meses, chegou a 4,87%, o maior índice desde setembro de 2023.

A inflação medida pelo IPCA desacelerou em novembro, registrando 0,39% após uma alta de 0,56% em outubro, conforme divulgado pelo IBGE. Essa desaceleração foi impulsionada pela diminuição nos preços da energia elétrica, o que ajudou a compensar o aumento nos custos de alimentos e passagens aéreas. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA atingiu 4,87%, marcando o maior índice desde setembro do ano anterior, ficando acima da meta de inflação estabelecida para 2024, que é de 4,5%. Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, apenas três apresentaram aumento de preços em novembro.

O setor de alimentação e bebidas se destacou com uma variação de 1,55%, sendo as carnes os principais responsáveis por essa alta. Já o grupo de transportes teve elevações, com passagens aéreas subindo 22,65%. Por outro lado, o grupo de habitação registrou uma queda significativa de 1,53%, devido à redução de 6,27% nas tarifas de energia elétrica. O IPCA serve como referência para a meta de inflação do Banco Central, que para o próximo ano é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

As projeções do mercado indicam que a inflação pode ultrapassar o teto da meta de 4,5% até o final de dezembro, com a mediana das previsões para este ano subindo de 4,71% para 4,84%, refletindo um cenário de incertezas econômicas. O Copom se reunirá em breve para discutir a taxa Selic, atualmente em 11,25%, havendo expectativas de elevação para 12%.

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