O ciclone Chido causou centenas ou até milhares de mortes em Mayotte, declararam as autoridades neste domingo (15/12). O fenômeno aconteceu no sábado (14/12) e é considerado o mais violento que a ilha já enfrentou em quase um século.
As autoridades haviam informado anteriormente pelo menos 11 mortes causadas pelo ciclone, que danificou gravemente ou destruiu muitos edifícios em Mayotte, incluindo o hospital e moradias precárias.
Questionado sobre as declarações do prefeito de Mayotte, o Ministério do Interior da França afirmou que a contagem das vítimas do ciclone seria muito difícil e que não confirmava nenhum número no momento.
O presidente francês Emmanuel Macron expressou solidariedade aos habitantes de Mayotte afetados pela tragédia, durante uma conversa com o Papa Francisco na Córsega.
A administração da ilha de Reunião anunciou a criação de uma ponte marítima e aérea entre as ilhas, com o envio de um navio da Marinha Nacional francesa transportando materiais para ajudar na recuperação de serviços essenciais.
O ciclone atingiu rajadas de vento superiores a 200 km/h, sendo o mais forte a atingir Mayotte em mais de 90 anos, segundo a Météo France.
Mais de 100.000 migrantes sem documentos vivem em Mayotte, onde 77% da população vive abaixo da linha de pobreza francesa. A ilha enfrenta não apenas desastres naturais, mas também violência, distúrbios sociais e escassez de água.
O ciclone Chido continuou a afetar o norte de Moçambique, causando danos nas infraestruturas elétricas e de comunicação do país.
Diante da destruição causada, os habitantes de Mayotte contam com a ajuda enviada pela França para reconstruir a ilha e socorrer os afetados pela tragédia.

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