O governo do chanceler federal Olaf Scholz perdeu a votação de confiança no Parlamento da Alemanha (Bundestag) e caminha para o fim da era Scholz. A votação abre caminho para eleições federais antecipadas em 23 de fevereiro. No total, 394 deputados votaram contra o governo, 116 se abstiveram e apenas 207 votaram a favor.
Esperava-se o resultado, já que Scholz convocou a votação após semanas de turbulência política. Com as eleições marcadas para fevereiro, pesquisas apontam os conservadores da União Democrata Cristã (CDU) como favoritos para liderar o próximo governo, embora ainda haja incertezas sobre a governabilidade.
Scholz deve permanecer como chanceler interino até as eleições. Se os conservadores vencerem, Scholz se tornará o chanceler menos duradouro da Alemanha desde 1990. Além disso, seu partido, o Partido Social Democrata (SPD), corre o risco de encolher nas próximas eleições.
Scholz chegou ao poder em 2021, após 16 anos de governo de Angela Merkel. Sua coalizão com os Verdes e o Partido Liberal Democrático assegurou maioria no Parlamento, mas governar foi desafiador, com crises externas, disputas internas e impopularidade. Em novembro, seu governo tinha apenas 14% de aprovação, mostrando o desgaste da sua gestão.
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