O Banco Central do Brasil realizou um novo leilão extraordinário de dólares nesta terça-feira (17), vendendo US$ 1,272 bilhão no mercado à vista. Essa ação não estava prevista e foi motivada pela recente alta da moeda americana, intensificada após a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária). O documento indicou a necessidade de aumento na taxa de juros em resposta à deterioração das expectativas de inflação no curto e médio prazo. Com isso, o valor do dólar subiu 1,29%, alcançando a cotação de R$ 6,170.
O Copom alertou que a desvalorização do real e o aumento das taxas de juros tornam o cenário econômico mais desafiador. Na última reunião do comitê, a cotação do dólar considerada foi de R$ 5,95, refletindo um aumento em relação ao encontro anterior. Na semana passada, o Copom decidiu elevar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano, com a expectativa de novos aumentos nas próximas reuniões, podendo alcançar 14,25% ao ano.
No dia anterior, o Banco Central já havia injetado US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio, sendo uma oferta programada de US$ 3 bilhões e uma intervenção à vista de US$ 1,6275 bilhão, o maior volume desde 2020. Mesmo com essa intervenção, o dólar fechou a R$ 6,091, atingindo o maior valor nominal registrado. As ações do Banco Central têm como objetivo minimizar disfuncionalidades nas operações de câmbio e permitir que a moeda flutue de acordo com as condições do mercado.
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