O dólar encerrou o dia cotado a R$ 6,09, após atingir a marca de R$ 6,20 pela primeira vez na história. Ao longo da tarde, a moeda perdeu força e chegou a operar em baixa, atingindo o valor mínimo de R$ 6,0581. No fechamento, o dólar avançou 0,04%, ficando em R$ 6,0961, renovando o segundo dia consecutivo de pico histórico.
A queda do dólar foi impulsionada pela atuação do Banco Central, que realizou venda de dólares à vista, e por declarações de líderes do Congresso, sinalizando a votação de medidas de contenção de gastos do governo ainda nesta semana.
Análises apontam que a disparada inicial do dólar deveu-se a fatores técnicos e incertezas fiscais, aumentando os prêmios de risco. A expectativa é de que as medidas em tramitação no Congresso possam ser alteradas durante o processo, gerando preocupações no mercado.
Operadores também observaram uma demanda de fim de ano por dólares para remessas de lucros ao exterior. Com a ausência da valorização do real esperada, houve uma corrida para fechar operações antes do final do ano.
O Banco Central realizou dois leilões de venda de divisas ao longo do dia, totalizando um montante de US$ 3,287 bilhões. Após a segunda intervenção do BC, o dólar desacelerou seu ritmo de alta, aproximando-se do patamar de R$ 6,10. A expectativa agora está voltada para a votação das medidas fiscais no Congresso, que deve ocorrer antes do início do recesso parlamentar, no dia 23.

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