Em meio a uma realidade marcada pela violência policial no Brasil, a Bahia destaca-se como um dos cenários mais preocupantes. Recentemente, um funcionário da embasa, Welson Figueiredo Macedo, de 28 anos, foi morto com um tiro nas costas por policiais militares no bairro de Castelo Branco, em Salvador.
Os policiais alegaram tê-lo confundido com um suspeito. Após ser baleado, Welson foi levado ao hospital, onde veio a falecer durante uma cirurgia. A família acusa a Polícia Militar de sua morte, enquanto a corporação afirma que houve troca de tiros.
Esse caso não é um evento isolado, contribuindo para a estatística alarmante de mortes por ações policiais na Bahia em 2023. No ano passado, o estado registrou 1.702 mortes, em sua maioria de indivíduos negros e do sexo masculino.
Entre essas vítimas, a juventude se destaca. O estudo revela que a polícia baiana é responsável por quase metade dos casos de pessoas negras mortas em ações policiais, com jovens de 18 a 29 anos sendo os mais vitimados.
Esse cenário de violência policial na Bahia é marcado por casos emblemáticos, como o brutal assassinato de Geovane Santana dos Santos, em 2014. Após ser abordado pela Rondesp em Salvador, o jovem foi torturado e decapitado, com os policiais tentando ocultar sua identidade através da mutilação de seu corpo.
Apesar dos esforços dos acusados para encobrir o crime, evidências tecnológicas foram fundamentais para esclarecer os fatos. Os policiais foram temporariamente presos, mas o caso levanta preocupações sobre a violência institucional e a impunidade dos agentes do Estado.
Após anos de batalha judicial, seis policiais envolvidos na morte de Geovane Santana Mascarenhas aguardam julgamento popular, enquanto os demais foram inocentados por falta de indícios suficientes. A busca por justiça e a luta contra os abusos policiais continuam sendo uma realidade brutal na sociedade baiana.
Comentários Facebook