
O esquema descoberto pela Operação “Lei para Todos”, que investiga crimes de lavagem de dinheiro relacionados ao jogo do bicho, revelou que franquias do McDonald’s em Salvador foram usadas para misturar dinheiro lícito e ilícito. De acordo com a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), lojas ligadas ao grupo criminoso usavam as franquias como fachada para lavagem de capitais.
Conforme a investigação do MP-BA, um dos envolvidos “misturava recursos lícitos do comércio de alimentos com os ilícitos provenientes da jogatina, dificultando o rastreamento do dinheiro sujo”. Além das franquias do McDonald’s, a empresa Mendoá Chocolates também era usada para o mesmo fim, com conexão com o núcleo 1 do esquema criminoso.
A operação “Lei para Todos” limitou as investigações entre 2010 e 2020, período em que foi analisada a quebra de sigilo bancário e fiscal dos 14 denunciados, que se tornaram réus após decisão judicial. O Gaeco detalhou que os restaurantes e fast-foods são facilmente utilizados para lavagem de dinheiro, uma vez que podem disfarçar o número de clientes, refeições vendidas e faturamento.
Além das movimentações nas franquias do McDonald’s, a Salco – Comércio de Alimentos LTDA e a Tora Comércio de Alimentos Ltda foram citadas na investigação como empresas envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro, tendo valores bloqueados pela justiça em contas bancárias e outros bens.
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