Uma recente decisão judicial suspendeu o processo de demarcação de território quilombola na Mata de São João, na Linha Verde, litoral norte da Bahia. A disputa envolve a Associação dos Remanescentes do Quilombo Riacho Santo Antônio – Jitaí e uma extensa fazenda na região.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) teve seus trabalhos suspensos devido à decisão judicial de outubro de 2024. A região tem um cenário complexo de disputa territorial, com forte apelo turístico como atividade econômica principal.
A Associação Jitaí, que reivindica o título de propriedade quilombola, tem enfrentado oposição de moradores da Vila do Santo Antônio. Para estes, a reivindicação do território seria injustificada. A situação também causou polêmica sobre a autenticidade do grupo quilombola e a verdadeira ligação com a cultura e tradições quilombolas.
A disputa envolve acusações de desmatamento, invasões e falta de atividades tradicionais características de comunidades quilombolas. A situação requer análise cuidadosa dos aspectos históricos, culturais e econômicos envolvidos, visando garantir justiça e respeito aos direitos de ambas as partes.
As lideranças da Associação Jitaí e do grupo quilombola se recusaram a conceder entrevistas, preferindo responder às acusações diretamente na justiça. A batalha legal promete ser longa e complexa.
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