
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou uma grande reforma na Constituição do país, prevista para o próximo ano. O anúncio foi feito faltando 20 dias para o início de seu terceiro mandato, conquistado de forma controversa. A reforma é vista por especialistas como uma manobra política para consolidar o poder, gerando comparações com o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
Maduro justificou a reforma como uma necessidade de transformar e democratizar a sociedade venezuelana, visando capacitar os cidadãos. Em abril deste ano, antes da eleição polêmica, ele já havia mencionado o plano de incluir pena perpétua para crimes de corrupção e traição à pátria, assim como inabilitação política perpétua, argumentos frequentemente usados para reprimir opositores.
Em 2017, Maduro convocou uma Assembleia Constituinte para reformar a Constituição, o que gerou conflitos com o parlamento controlado pela oposição. A Constituição vigente foi aprovada há 25 anos por Hugo Chávez, e a nova reforma é vista como uma tentativa do atual presidente de consolidar seu poder autoritário.
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