Policiais detidos celebraram prisão de Gritzbach: “Cana de bilhões”

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São Paulo — O corretor de imóveis Vinícius Gritzbach relatou, em delaç?o premiada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), que os policiais civis Eduardo Monteiro e Fábio Baena comemoraram sua prisão, chamando-a de “cana de bilhões”. Gritzbach foi preso em fevereiro de 2022, sob a suspeita de ser o mandante do assassinato de dois membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região do Tatuapé, em São Paulo.

O inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) era presidido por Fábio Baena e a investigação chefiada por Eduardo Monteiro, mencionados pelo corretor aos promotores do Gaeco.

O corretor relatou que o investigador Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, foi contatado pelo delegado e o chefe do DHPP após sua prisão.

Morte e prisões

Gritzbach foi executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo em 8 de novembro. O delegado e o investigador chefe foram presos durante uma operação conjunta da Polícia Federal e do Gaeco, juntamente com Bombom e outro policial civil, sob suspeita de envolvimento no assassinato do corretor.

Outros dois policiais civis já estavam presos por outra operação envolvendo a mesma quadrilha de agentes públicos associada ao PCC em ações criminosas.

O delegado e o investigador teriam recebido propina para interferir no caso do homicídio e tentar livrar Gritzbach das suspeitas, conforme a delação do corretor.

A delação

Gritzbach afirmou que Fábio Baena e Eduardo Monteiro teriam recebido valores milionários para prejudicar a investigação, o que foi corroborado pelo Gaeco. O corretor teve seus pertences roubados pelos policiais, de acordo com a denúncia da Promotoria.

Em um vídeo anexado ao processo, Fábio Baena pede desculpas a Gritzbach, e um áudio mostra o delegado prometendo ajudar o corretor. A Polícia Federal afirmou que os antecedentes do delegado indicam prática de corrupção.

Defesa

A defesa de Baena e Monteiro alegou que a prisão foi arbitrária e midiática, rejeitando as acusações de Gritzbach. A equipe legal de Rogério Felício não foi contatada até a publicação.

Operação policial

A Operação Tacitus cumpriu mandados de prisão e busca para desarticular uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e corrupção, com vínculos com o PCC. Os investigados podem ser condenados a até 30 anos de prisão por diversos crimes.

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