A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou recentemente um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que a prisão do general Braga Netto seja mantida. Ele foi preso na semana passada no Rio de Janeiro, no contexto das investigações do inquérito do golpe.
O pedido de manutenção da prisão foi motivado pela defesa do general, que solicitou que a prisão fosse substituída por outras medidas. A defesa argumentou que as acusações relacionadas à participação de Braga Netto em um suposto golpe durante o governo de Jair Bolsonaro são antigas e não justificam a prisão preventiva no momento atual.
O procurador-geral, Paulo Gonet, alegou que as razões que levaram à prisão do general continuam válidas. Ele argumentou que medidas menos severas não seriam suficientes para manter a ordem pública, garantir a instrução criminal e garantir a aplicação da lei penal.
Gonet justificou: “As tentativas do investigado de obstruir as investigações em andamento mostram a necessidade da medida extrema, pois somente a segregação do acusado pode garantir o fim da obstrução. Há, portanto, um risco de continuidade dos crimes por parte do investigado, o que justifica a contemporaneidade da prisão”.
Golpe
No sábado passado, Braga Netto foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe que está em andamento no STF. De acordo com a Polícia Federal, o general estaria obstruindo as investigações sobre uma tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.
A PF descobriu que o general, indicado como um dos principais articuladores do plano golpista, tentou acessar dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro. Após a prisão, a defesa de Braga Netto negou as acusações de obstrução às investigações.
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