
O ex-comandante do batalhão responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios, tenente-coronel da Polícia Militar Kelly Cezário, sugeriu alinhar a defesa de seu subcomandante com a do então comandante-geral da PM-DF sobre os eventos do dia 8 de janeiro. O major Flávio Alencar, réu na ação penal que investiga a omissão da PM do DF, estava no comando no dia do ataque aos prédios dos três Poderes, pois Kelly estava de férias desde o dia 3.
A sugestão de Kelly foi feita à esposa de Flávio Alencar, em áudios inéditos obtidos pela Folha, onde ela propôs que a advogada do major buscasse alinhar a defesa com a do ex-comandante-geral da PM-DF Fábio Augusto e seu ex-ajudante de ordens, capitão Josiel Pereira César.
Houve tentativas de contato com a tenente-coronel Kelly e os demais envolvidos, mas não houve resposta. Na época, a PM do DF passava por disputas internas, com grupos em conflito pelo controle da corporação. Kelly era vista como próxima a algumas lideranças em oposição ao então comandante-geral.
O major Flávio Alencar foi preso duas vezes, sendo a primeira em fevereiro de 2023, após supostamente desfazer uma barreira policial durante o ataque à Esplanada. Em outro momento, ele foi detido após mensagens encontradas em seu celular, relacionadas a possíveis ameaças durante o governo. As investigações continuam em andamento para esclarecer o papel de cada envolvido nos eventos do dia 8 de janeiro.
Facebook Comments