Bolsonaro considera para o Governo do Rio de Janeiro um nome ligado a um clã suspeito de fraudar cartões de vacina. O secretário estadual Washington Reis tem sido cogitado pelo ex-presidente como possível sucessor do atual governador, Cláudio Castro, em 2026.
Reis atende a dois requisitos desejados por Bolsonaro: é um aliado próximo e membro do MDB, partido atualmente aliado ao presidente Lula.
O senador Flávio Bolsonaro sugeriu publicamente o nome de Reis durante um evento no início do mês, onde o ex-presidente estava presente e concordou com a proposta.
No entanto, tanto Bolsonaro quanto Reis são inelegíveis. O secretário foi condenado no STF por crime ambiental e não pôde ser vice de Castro na eleição passada.
Reis diz que está tomando medidas legais para reverter a situação. Ele afirma que abriu mão de concorrer em 2022 para não prejudicar Castro. O secretário se mostra confiante e diz estar preparado para qualquer cargo no país.
Bolsonaristas procuram alternativas para a sucessão de Castro, que enfrenta baixa popularidade. Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa, é outro nome cotado e busca apoio da família Bolsonaro.
Reis, com sua vasta experiência na política do Rio, seria capaz de atrair aliados bolsonaristas de diferentes regiões do estado. Sua relação próxima com Bolsonaro é vista como um ponto a favor.
Porém, ele é irmão do deputado federal Gutemberg Reis, suspeito de intermediar a fraude dos certificados de vacina para Bolsonaro. Washington Reis, por sua vez, coleciona acusações ao longo de sua carreira política.
Recentemente, foi alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de compra de votos em Duque de Caxias. O secretário nega todas as acusações e afirma que está sempre disponível para esclarecer os fatos.
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