O investigador da Polícia Civil de São Paulo, Marcelo Roberto Ruggieri, conhecido como Xará, foi preso sob acusação de participar de uma quadrilha de agentes públicos ligados ao crime organizado. Ele esteve envolvido no sequestro do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, levando-o ao “tribunal do crime” do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Gritzbach foi assassinado com 10 tiros de fuzil após realizar uma delação premiada ao Ministério Público de São Paulo, na qual expôs a relação de policiais civis com o PCC.
No final de 2021, Gritzbach foi levado ao tribunal do crime devido ao assassinato de Anselmo Bechelli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e de seu motorista Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. O duplo homicídio ocorreu em dezembro daquele ano.
Cara Preta, importante líder do PCC, e Gritzbach mantinham negócios imobiliários e com criptomoedas. O rompimento entre eles foi motivado pelo desaparecimento de um pendrive contendo 100 milhões de dólares em criptomoedas.
Membros do PCC, incluindo Xará, conduziram Gritzbach ao tribunal do crime, onde ele foi absolvido após entregar uma quantia em dinheiro. Alguns dos criminosos envolvidos no sequestro de Gritzbach foram assassinados posteriormente.
Molly, outro envolvido, era apontado como cúmplice de Cara Preta em transações imobiliárias e no tráfico internacional de drogas.
Marcelo Ruggieri teve contato com Cara Preta e foi condenado por facilitar a emissão de um documento de identidade para o líder do PCC. Ele também foi responsável por apresentar Gritzbach ao PCC para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
A investigação também aponta que Ruggieri comandou uma blitz clandestina na qual dois inocentes foram mortos. Os policiais envolvidos na ação foram presos e respondem por diversos crimes.
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