Parada LGBTI+ da Maré fortalece a luta por direitos nas favelas
Com o tema “Muito Prazer, Eu Existo! Parem de nos matar!”, a 15ª Parada LGBTI+ da Maré reforça a batalha pela existência e pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ na favela. O evento, que teve início na sexta-feira (24) e se estende até domingo (26), oferece debates, manifestações culturais e ações de engajamento em prol da cidadania, inclusão e direitos humanos.
Promovida pelo Grupo Conexão G em parceria com o Favela Ong e patrocinada pela prefeitura do Rio através da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS-Rio), o festival deste ano conta com o apoio do estado pelo Programa Rio Sem LGBTfobia e do estilista Almir França em conjunto com a Escola de Divines.
Notícias relacionadas:
- Entidades LGBTI+ criticam Meta: “patologização de identidades é grave”.
- Em 2024, 60% dos projetos de lei sobre LGBT eram a favor da comunidade.
- Discriminação ainda é um desafio para empreendedores LGBTQIA+.
Em comunicado, os organizadores do evento ressaltam que em territórios como a Maré, “onde a exclusão social e a violência são ainda mais intensas, eventos como este festival são fundamentais para dar visibilidade às demandas e fortalecer a luta por dignidade e cidadania”. A Maré consiste em um complexo de 16 favelas com mais de 140 mil habitantes localizado na zona norte do Rio de Janeiro.
De acordo com o 1º Dossiê Anual do Observatório de Violências LGBTI+ em Favelas, divulgado em 2024, a população LGBTQIA+ enfrenta diversas dificuldades para acessar serviços públicos nas favelas do Rio de Janeiro, resultando em menor acesso a serviços de educação e saúde, além de estarem sujeitos a diversas formas de violência.
Programação
“Esse evento se inicia como aniversário de 18 anos do Grupo Conexão G, estamos completando a maioridade. Isso para a gente tem um peso, tanto na questão da mobilização territorial, que hoje a gente consegue não só mobilizar outras favelas do Rio e do Brasil como um todo, mas também pelo lado da perspectiva política, de entender que cada vez mais precisamos fazer e construir tecnologia, ferramentas para a população LGBT de favelas”, destaca a diretora e fundadora do Grupo Conexão G, Gilmara Cunha.
O primeiro dia de programação conta com lançamentos de materiais produzidos pela Escola de Formação Crítica Majorie Marchi e pelo Observatório de Violências LGBTI+, ambos projetos do Grupo Conexão G, incluindo um protocolo de segurança para mulheres trans e travestis profissionais do sexo e uma revista abordando empregabilidade e moradia para pessoas LGBTI+ periféricas.
No sábado (25), a Maré receberá uma ação itinerante de lambe-lambe, levando informações sobre violência, saúde, empregabilidade e renda à comunidade LGBTQIA+. Essa iniciativa visa não apenas informar, mas engajar os moradores na luta por equidade e justiça social.
No domingo (26), o evento encerra com a tradicional Parada LGBTI+ da Maré, no Espaço Lazer, no Parque União. Além da presença da Escola de Divines, o público poderá apreciar performances de drag queens, shows de talentos e apresentações de artistas como Grupo Caju Pra Baixo, Grupo Fundamental, Marcelle Motta, entre outros.
O post Parada LGBTI+ da Maré reforça luta por diretos nas favelas apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.
Comentários Facebook