O juiz criminal Paulo Fernando Deroma De Mello mencionou um possível plano de fuga do país ao decidir pela manutenção da prisão de Eliana Vita de Oliveira, servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), condenada a 16 anos de prisão por desviar R$ 2,5 milhões de contas judiciais.
Na sua argumentação, o magistrado da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, apontou que Eliana estava prestes a fugir do país, evidenciando que a ação foi impedida pela detenção do seu marido pela polícia.
A prisão preventiva da servidora ocorreu em agosto de 2023, no decorrer das investigações. Eliana ocupava um cargo no Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) e foi acusada, juntamente com outros sete cúmplices, de desviar quantias vultuosas de multas criminais que deveriam ser destinadas aos cofres públicos e fundos específicos.
Recentemente condenada, a servidora teve sua prisão mantida pelo juiz responsável pelo caso, que apontou que Eliana mentiu em seus depoimentos diversas vezes. Sua versão, segundo o magistrado, carece de lógica e base nos elementos de prova coletados nos autos do processo.
O plano de fuga do país foi o argumento central para a decisão do juiz em manter a prisão de Eliana, já que há indícios de que ela teria adquirido ouro, sacado dinheiro em espécie, preparado os passaportes, roupas, celulares e outros pertences para fugir das consequências de seus atos criminosos.
O magistrado ressaltou que Eliana recebeu e compartilhou informações privilegiadas sobre a expedição de mandados de busca e apreensão e prisão, o que a tornava ciente da interceptação de suas linhas telefônicas, direcionando-se a um fórum específico para obter detalhes privilegiados com auxílio interno.
Até o momento, a defesa de Eliana não foi localizada para se manifestar sobre o caso. O espaço permanece aberto para possíveis esclarecimentos.
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